Capsulite Adesiva ou Ombro congelado: O que é, como identificar e tratar

A Capsulite Adesiva ou ombro congelado, é uma patologia que causa inflamação na cápsula articular do ombro, causando dor e limitação dos movimentos do ombro. Se você tem dificuldades para realizar movimentos simples como coçar as costas, pegar alguma coisa no bolso ou levar a mão até a cabeça, é possível que você sofra desse problema.

Se for esse o seu caso ou de alguém próximo a você, leia esse artigo até o final porque eu vou explicar quais os principais sintomas e como tratar esse tipo de inflamação.

O que é Capsulite Adesiva

Popularmente conhecida como ombro congelado, no meio médico essa patologia é chamada de Capsulite Adesiva. Quando ouvimos “ite” já sabemos que significa inflamação. Portanto, Capsulite é uma inflamação da Cápsula articular, que é um tecido que reveste toda a articulação do ombro. 

A dor costuma ser leve no ínicio, mas tende a piorar em poucos dias ou semanas. Diferente das Tendinites e bursites, na capsulite adesiva a dor ocorre com qualquer tipo de movimentação. E não apenas nos movimentos que elevam os braços acima da cabeça.

Na Capsulite Adesiva o tecido da cápsula fica mais espesso e limita a movimentação do ombro, por isso essa inflamação é chamada de ombro congelado. 

Sintomas, causas e fatores de risco

No meio médico, os estudos ainda não mostraram uma causa específica e definitiva para esse tipo de patologia. Mas, alguns fatores comuns para o surgimento desse tipo de inflamação são:

* Causas sistêmicas como diabetes, e doenças da tiróide

* Traumas com ou sem fratura

* Esforço ou carga excessiva no ombro

Além de dor progressiva e limitação na movimentação no ombro, a capsulite pode causar o bloqueio total da articulação, impossibilitando qualquer movimento do ombro. Todos esses sintomas costumam se agravar no período noturno.

Como foi dito, a causa dessa patologia não é única, mas sim um conjunto de fatores que podem predispor o surgimento da doença. E sabendo que ela não tem uma causa definida, vamos entender como funciona todas as fases da Capsulite Adesiva.

Fases da Capsulite Adesiva

Essa patologia é basicamente dividida em 3 fases. Que são: 

* Fase Inflamatória, onde a dor no ombro já pode ser de alta intensidade, mas a movimentação do ombro ainda não está limitada. Ou seja, é possível movimentar o ombro, mas ao mesmo tempo é doloroso.

Nessa fase, os sintomas se confundem com outros tipos de inflamação, como bursite e tendinite. Porém, uma grande diferença desses tipos de inflamação com a Capsulite, é que nelas a dor aumenta quando a pessoa faz um movimento elevando o braço acima de 90 graus.

Já na Capsulite Adesiva a dor é intensa mesmo quando o braço está abaixado ou sem movimento. E essa primeira fase pode durar em torno de 9 meses

* Fase do congelamento, quando a inflamação torna a cápsula mais espessa e com isso, iniciando a limitação da movimentação. Nessa fase, que pode durar em torno de 12 meses, a dor costuma ser menor do que na inflamatória, mas a movimentação fica comprometida, principalmente nos movimentos de rotação.

* Fase de descongelamento, que ocorre de forma espontânea, quando a dor diminui ainda mais e a movimentação começa ter uma melhora gradual. Essa fase pode durar de 2 a 3 anos.

Tratamentos para Capsulite Adesiva

Antes de mostrar todas as opções de tratamento para Capsulite Adesiva, vamos entender como é feito o diagnóstico. Primeiramente é realizado um exame clínico e depois de imagem. Mas, é importante dizer que o exame clínico é fundamental e o mais importante.

Os exames de imagem vão servir para descartar outros tipos de lesão. Mesmo não sendo essenciais para o diagnóstico, um raio x e um ultrassom, servirão para eliminar a possibilidade de problemas como uma artrose, lesões em tendões ou na musculatura. 

Já a ressonância, em uma fase mais avançada da inflamação, pode ser útil para identificar a gravidade da Capsulite, analisando o espessamento do tecido.

Tratamentos para fase inflamatória

Nessa fase, o maior problema é a dor, pois a movimentação ainda não está comprometida. Por isso, tratamentos com:

* Medicamentos

Analgésicos e anti-inflamatórios irão ajudar a reduzir a dor do paciente e controlar a evolução da inflamação.

* Acupuntura e agulhamento a seco

Também são bem vindas nessa fase da inflamação, pois são tratamentos que também ajudam no alívio da dor.

* Tratamento por ondas de choque

Consiste em uma energia mecânica depositada na área da lesão, a fim de estimular a formação de novos vasos sanguíneos através da liberação de células anti inflamatórias no local. Ele também pode ajudar na melhora do processo inflamatório e na liberação capsular.

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Tratamentos para fase de congelamento

Após a fase inflamatória e com as medidas tomadas que, provavelmente diminuirão as dores do paciente, pode ser dado início a tratamentos que vão estimular a mobilidade da articulação do ombro como:

* Fisioterapia

Exercícios que vão estimular a liberação da articulação. Mas, caso o fisioterapeuta não tenha sucesso, existem algumas medidas terapêuticas, como o bloqueio anestésico do nervo que irnerva a cápsula do ombro, para aliviar mais a dor e ajudar no relaxamento capsular. Dando assim, mais poder de manipulação para o fisioterapeuta trabalhar a mobilidade no ombro do paciente.

* Cirurgia

É sempre o último caso nestas situações. O procedimento cirúrgico mais comum para Capsulite Adesiva é a artroscopia. São feitos 2 ou 3 orifícios no ombro para liberar a cápsula espessada.

Homem curado da capsulite adesiva carregando a filha acima do ombro

Conclusão

A Capsulite Adesiva é uma lesão relativamente comum. Recebo com frequência, pessoas com esse problema em meu consultório. E procuro explicar para o paciente que está lesão tem uma duração normalmente mais longa do que as suas expectativas.

É preciso ter paciência, entender que o tratamento precisa de tempo para gerar resultado. E se você sofre com algum dos sintomas citados neste artigo e quer saber se o seu problema é Capsulite Adesiva, clique no botão abaixo e agende uma consulta com um médico especialista.

Tratamento por ondas de choque: o que é e quais são as indicações

Você tem alguma dor no ombro, joelho, cotovelo, na planta do pé, já fez de tudo, mas não consegue melhorar? Se esse é o seu caso, leia esse artigo até o final. Vou te mostrar como o tratamento por ondas de choque pode te oferecer uma melhora significativa das dores crônicas.

Quando falamos em problemas ortopédicos hoje em dia, podemos afirmar que temos diversas opções de tratamentos e ferramentas ultra modernas disponíveis. Essas novas tecnologias podem proporcionar bons resultados em termos de recuperação e resolução de problemas. O tratamento por ondas de choque é um exemplo disso.

Além de exames mais detalhados, cirurgias menos agressivas e mais eficientes, como a artroscopia que permite olhar para o interior de uma articulação, a tecnologia na ortopedia também nos trouxe opções de tratamentos alternativos e menos invasivos.

Opções essas, que permitem tratar uma patologia sem os riscos e as dores de tratamentos mais agressivos como uma cirurgia.

Neste artigo, eu vou te explicar o que é a terapia por ondas de choque e para quais casos ela é mais indicada.

O que é tratamento por ondas de choque

Muitas pessoas confundem o tratamento por ondas de choque com o TENS, aquele aparelho que dá “choquinhos” no local da dor. No entanto, o tratamento por ondas de choque na ortopedia, não funciona com choques elétricos, mas sim, com ondas de impacto.

Essa nova modalidade de tratamento, foi introduzida na medicina na primeira metade dos anos 80. Primeiramente era usada exclusivamente no combate dos cálculos renais. Conhecido popularmente por pedras nos rins.

Apenas nos anos 90, passou a ser usado em tecidos musculoesqueléticos, ainda com os mesmos aparelhos da urologia e com necessidade de internação hospitalar. Mas hoje, são utilizados aparelhos menores e com possibilidade de realizar a sessão no próprio consultório.

O tratamento por ondas de choque consiste em uma energia mecânica depositada na área de uma lesão ortopédica, a fim de estimular a formação de novos vasos sanguíneos através da liberação de células anti inflamatórias no local.

Essa modalidade de tratamento é considerada uma cirurgia não invasiva. Ideal no tratamento de dores crônicas que não obtiveram bons resultados com os tratamentos convencionais.

Dentre os inúmeros benefícios, podemos listar alguns como:

* Não invasivo

* Não precisa de anestesia

* Traz resultados mais rápidos e duradouros

* Proporciona retorno rápido às atividades do dia a dia

* Ambulatorial, não precisa de internação

Tratamento por ondas de choque e Fisioterapia

A união dessas duas modalidades de tratamento é um casamento perfeito. Como já foi dito, o tratamento por ondas de choque pode proporcionar uma recuperação mais rápida. Ele diminui o incômodo da dor consideravelmente, fazendo com que os resultados de reabilitação da fisioterapia também cheguem mais rápidos.

Nos casos onde os tratamentos tradicionais fracassam, o Tratamento por Ondas de Choque obtém uma porcentagem de sucesso de 70 a 80%.

Modelo de joelho usado para analisar possíveis tratamentos ortopédicos

Para quais casos é indicado

Esse tipo de tratamento é seguro e não possui muitas contraindicações. No entanto, não é recomendado que seja realizado sobre áreas nobres como cérebro, olhos, pulmão, grandes vasos e nervos.

Deve-se evitar também em pacientes com câncer em atividade ou em tratamento, gestantes e em usuários de marca-passo.

A terapia por ondas de choque é mais indicada para as lesões inflamatórias crônicas. Mas, pode trazer ótimos resultados também em outros casos.

As principais indicações são:

* Tendinites

* Bursites

* Epicondilite

* Fratura não consolidada

* Dores musculares – Pontos Gatilhos e Dores de Coluna

* Lesões de esporte

* Esporão de calcâneo – Fasceíte Plantar

Normalmente o tratamento por ondas de choque é realizado com 1 sessão semanal por 3 a 5 semanas. Mas essa frequência pode variar dependendo da patologia.

Na maioria dos casos, há início da melhora da dor logo após  a primeira sessão. Mas o resultado final é considerado após doze semanas de tratamento, que é o período final do estímulo celular promovido.

E você pode ficar tranquilo, porque as ondas de choque atuam apenas nos tecidos lesionados e não causam problemas em tecidos normais devido à diferença de impedância entre os tecidos lesados e saudáveis.

Porém, é importante dizer que, mesmo sendo um tratamento de poucas contraindicações, ele não é inofensivo.

Por ter o poder de ir profundo nos tecidos, é essencial que seja realizado por um profissional capacitado e treinado para evitar lesões internas.

Mulher atleta e corredora que se recuperou fazendo tratamento por ondas de choque

Quanto custa e onde posso fazer?

O tratamento por ondas de choque tem ajudado milhares de pessoas a retomarem as atividades do dia a dia e a prática de esportes.

Uma cirurgia ortopédica, em alguns casos, é necessária e também costuma ter ótimos resultados. Mas, além dos riscos, o paciente enfrentará um período de recuperação maior e praticamente irá parar a vida no pós operatório.

O custo de uma cirurgia pode ser altíssimo, mesmo se feito pelo SUS, por conta do longo período de afastamento do trabalho e os gastos com medicamentos.

Por isso, o tratamento por ondas de choque pode ser a melhor opção para você se livrar de um problema ortopédico de uma vez por todas, sem todos os percalços de uma cirurgia.

Se você quer saber mais sobre essa moderna modalidade de tratamento. Clique no botão abaixo e marque uma consulta com um profissional especialista em tratamentos por ondas de choque.

Dor na planta do pé: as duas principais lesões e como tratar

Muitas pessoas que sofrem com dor na planta do pé, deduzem de início que o problema pode ser um esporão. Porém, muitas vezes o problema pode nem estar no pé, mas sim em outra região do corpo.

Esse tipo de dor pode ser causada por diversas situações. Se você já sentiu dor na planta do pé quando acordou. Ou quando ficou muito tempo sentado e ao se levantar, sentiu aquela fisgada, a dor pode estar relacionada a uma inflamação na fáscia.

Nesse artigo, eu vou te explicar os dois tipos de lesões mais comuns, que causam dor na planta do pé e os tratamentos mais indicados.

As principais causas da dor na planta do pé

Fascite Plantar

É uma das causas mais comuns e consiste em uma inflamação na fáscia plantar. Nome dado ao tecido espesso que reveste os tendões da planta do pé, conhecida também como sola do pé.

Esse tecido ajuda na absorção de impacto, na sustentação e na formação do arco plantar. Que é aquela “curvinha” da sola do pé. Geralmente, quando o problema é esse, a dor tende a aliviar no decorrer do dia, conforme a pessoa for andando e alongando essa região do pé.

Apesar da lesão ser de diagnóstico razoavelmente fácil, o tratamento pode ser um pouco demorado. É essencial procurar um ortopedista, porque além do tratamento localizado, é preciso investigar as causas da Fascite Plantar. Pois essa lesão pode ser sinal de outras alterações como: o pisar errado e problemas na coluna lombar.

Muitas vezes, o paciente insiste tratando somente a dor localizada na planta do pé. E não consegue alcançar um resultado satisfatório na melhora do problema. O profissional de ortopedia precisa ter um raciocínio clínico amplo, porque até mesmo uma hérnia de disco baixa pode ser a causa da dor na região plantar, sendo confundida com a Fascite Plantar.

Outra região que pode ser responsável pela inflamação é a panturrilha. Por isso, é importante você alongar e fortalecer e equilibrar esta musculatura.

Esporão de Calcâneo

O nome esporão é muito popular. A maioria das pessoas que começam sofrer com dor na planta do pé, já logo imaginam que estão com um esporão. Mas, vimos acima que, mesmo sendo uma lesão conhecida, não é mais comum que a Fascite plantar e nem devem ser consideradas como sinônimos.

O calcâneo é o maior osso da estrutura óssea do pé. Por suportar todo o peso do corpo e receber impacto com regularidade, a dor no calcanhar é um motivo frequente para a procura de ajuda médica.

O esporão do calcâneo é resultado do crescimento de um pequeno segmento do osso do calcanhar, que se forma na parte de baixo ou na região posterior. Essa protuberância, quando entra em contato com a fáscia, causa dor.

As causas mais comuns, para esse crescimento anormal de uma parte do osso do calcanhar, são caminhadas ou corridas em excesso, obesidade e uso de calçados impróprios como as rasteirinhas ou sandálias.

A seguir, vamos ver os principais tipos de tratamento para esses dois tipos de lesão

Tratamentos para Fascite Plantar e Esporão de Calcâneo

Tendo o diagnóstico definido de acordo com exames clínicos e de imagem, o tratamento deve ser iniciado. Vamos ver abaixo algumas opções de tratamento:

* Fisioterapia: é o tipo de tratamento inicial. O foco será em exercícios de alongamento da planta do pé para aliviar o processo inflamatório e também exercícios de fortalecimento da musculatura intrínseca do pé.

Nesse período, é bom evitar andar descalço em superfícies duras e o uso de calçados baixos como rasteirinhas ou chinelos. O Ideal é o uso de um salto de até dois dedos, com base larga.

* Tratamento por ondas de choque: caso a melhora não seja satisfatória somente com a fisioterapia e exercícios, podemos utilizar essa modalidade de tratamento por ondas de choque. Essa é uma técnica com extrema eficácia para esses dois tipos de lesão.

Esse tratamento pode ser feito em conjunto com a fisioterapia. Porque além de tratar as lesões, ele vai agir diretamente na diminuição da dor. Serão realizadas de 3 a 5 sessões. Podendo variar de acordo do tipo de lesão e a gravidade.

Pesquisas mostram que o tratamento por ondas de choque tem 80% de bons resultados nesses casos.

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* Infiltrações e cirurgia para fascite: caso a inflamação persistir, após o tratamento por ondas de choque, existe a opção de infiltrações que costumam ser um pouco dolorosas nessa região. E também, como último recurso, o tratamento cirúrgico.

* Cirurgia para esporão: nesse tipo de lesão, a cirurgia é recomendada para os casos mais graves. E consiste na liberação da fáscia plantar e remoção do esporão.

Diagnóstico correto

O Esporão de Calcâneo é uma patologia onde a dor é pontual na região do calcâneo. Já na Fascite Plantar, a dor é normalmente em toda região plantar e pode ter origem em uma região a distância como a coluna lombar.

Este diagnóstico é clínico, associado ao Raio X e a Ressonância magnética ou ultrassom.

Como foi dito anteriormente neste artigo, o médico ortopedista precisa investigar de maneira inteligente para que a fonte do problema seja identificada e tratada. Desse modo, o tratamento será eficaz na resolução definitiva e não apenas amenizando sintomas.

Se você sofre com dor na planta do pé ou se ficou com alguma dúvida, ficarei feliz em te atender.

Tendinite Calcária: Como identificar e tratar

Mais comum em mulheres a partir dos 40 anos, que apresentam alguma patologia hormonal e/ou usam medicações de ação central (antidepressivos, ansiolíticos,..), a tendinite calcária é uma inflamação causada pela presença de uma calcificação no interior do tendão.

Ela pode afetar qualquer tendão do corpo, mas é mais comum nos tendões do manguito rotador (ombro). Pode afetar também homens e outras faixas de idade.

A diferença para uma tendinite normal, é que na calcária surgem pequenos cristais de cálcio no tendão. Essa calcificação pode sumir sozinha ou necessitar de tratamento para sua retirada.

A dor costuma ser de início agudo e de grande intensidade. Podendo prejudicar consideravelmente a noite de sono da pessoa, pois ela piora os sintomas no período noturno..

As atividades do dia a dia também são prejudicadas, principalmente quando é necessário  movimentos que elevam o braço acima do nível do ombro.

Mas, não desespere caso esse seja o seu diagnóstico, porque a Tendinite Calcária tem cura. Vamos ver nesse artigo as principais causas e tratamentos para esse tipo de inflamação.

Causas e Diagnóstico

Apesar de ainda não ser conhecida nenhuma causa comprovada para esse depósito de cálcio no tendão, algumas teorias surgiram tentando explicar esse fenômeno, como o desgaste por uso repetitivo da articulação e o envelhecimento natural, quando ocorrem pequenas fissuras que acabam se calcificando por insucesso das tentativas do organismo de cicatrização. Mas a causa mais aceita é a forma idiopática, ou seja, sem causa específica.

A única forma de identificar uma calcificação no tendão é através de exames de imagem.

Geralmente em uma radiografia pode-se observar uma pequena área esbranquiçada no local, mesmo que não apareça o tendão nesse tipo de exame. Uma ultrassonografia ou ressonância podem ser solicitadas pelo ortopedista para uma melhor avaliação ou para descartar outras doenças.

Estágios da Tendinite Calcária e sintomas

O depósito de cálcio no tendão, geralmente é lento e dura meses. Esse processo pode gerar uma dor fraca, como de uma tendinite leve.

Mas subitamente, como foi dito anteriormente, pode ocorrer dor forte no local da inflamação.

Primeiramente, o cálcio é formado e depositado no tendão.

Enquanto os depósitos de cálcio estão isolados, o paciente apresenta sintomas leves que podem ser confundidos com uma tendinite comum, ou até não apresentar sintoma algum.

Em um segundo momento, o cálcio depositado e isolado, é reconhecido pelo organismo como um corpo estranho. Esse fenômeno repentino não tem razão conhecida e cria uma reação inflamatória intensa reabsorvendo o cálcio do tendão.

Esse estágio, geralmente é acompanhado de dor intensa.

Outras sintomas também podem ocorrer, como rigidez, endurecimento ou fraqueza na articulação acometida.

comparação de barbotagem e astroscopia em caso de tendinite calcária

Tipos de Tratamentos

Cada caso precisa ser avaliado de forma personalizada de acordo com os sintomas e a fase de calcificação. No estágio mais doloroso, de reabsorção, existem algumas opções de tratamentos como:

* Analgésicos e anti-inflamatórios: são medicamentos que devem ser usados de forma responsável, sempre com prescrição médica.

* Infiltrações no ombro: são injeções com anestésicos, medicações analgésicas/anti inflamatórias  para o alívio imediato da dor.

* Barbotagem: é um procedimento que consiste na introdução de uma agulha até a calcificação, para aspiração do conteúdo ou estimular a absorção do corpo. Podendo ser realizada hoje em dia em ambiente ambulatorial guiada por ultrassom.

Durante a fase aguda, ou de reabsorção, a calcificação se torna pastosa tornando-a possível de ser aspirada.

* Cirurgia: em alguns casos, quando outros tipos de tratamento não surtiram efeito, não houve reabsorção dos depósitos de cálcio pelo organismo e os sintomas continuam presentes com intensidade, o tratamento cirúrgico pode ser necessário.

O principal procedimento é a artroscopia. Pequenas incisões são feitas e uma câmera é introduzida. A intenção é aspirar a calcificação que encontra-se no meio das fibras do tendão.

Pistola para o tratamento por ondas de choque  que serve para tendinite calcária

Tratamento alternativo

Quando falamos em problemas ortopédicos e diversidade de organismos, sempre notamos que uma porcentagem dos casos não obtém melhora com tratamentos tradicionais. Como a combinação de medicamentos e fisioterapia, por exemplo.

Quanto a cirurgia, sempre precisamos considerar os riscos e o tempo de recuperação para cada pessoa.

Por isso, outras alternativas podem gerar resultados melhores que as formas de tratamentos tradicionais. E sem submeter o paciente a procedimentos invasivos.

O tratamento por ondas de choque é uma opção que tem ajudado muitas pessoas a ter um alívio considerável das dores.

Além de não ser invasivo, é uma forma mais barata de tratar pacientes com problemas como a Tendinite Calcária.

Ele vai agir de duas maneiras, rompendo a calcificação, facilitando assim a absorção pelo organismo e também tratando a inflamação.

Não confunda com o “TENS”, aquele aparelho que dá “choquinhos” no local da dor. O tratamento por ondas de choque na ortopedia, não funciona com choques elétricos, mas sim com ondas de impacto.

E a boa notícia é que esse tipo de tratamento pode ser aplicado para diversos tipos de lesões e em várias áreas do corpo.

Se você foi diagnosticado com tendinite calcária, comum ou qualquer outro tipo de inflamação, entre em contato e solicite um atendimento com um ortopedista especialista em tratamentos por ondas de choque.

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