Capsulite Adesiva ou Ombro congelado: O que é, como identificar e tratar

A Capsulite Adesiva ou ombro congelado, é uma patologia que causa inflamação na cápsula articular do ombro, causando dor e limitação dos movimentos do ombro. Se você tem dificuldades para realizar movimentos simples como coçar as costas, pegar alguma coisa no bolso ou levar a mão até a cabeça, é possível que você sofra desse problema.

Se for esse o seu caso ou de alguém próximo a você, leia esse artigo até o final porque eu vou explicar quais os principais sintomas e como tratar esse tipo de inflamação.

O que é Capsulite Adesiva

Popularmente conhecida como ombro congelado, no meio médico essa patologia é chamada de Capsulite Adesiva. Quando ouvimos “ite” já sabemos que significa inflamação. Portanto, Capsulite é uma inflamação da Cápsula articular, que é um tecido que reveste toda a articulação do ombro. 

A dor costuma ser leve no ínicio, mas tende a piorar em poucos dias ou semanas. Diferente das Tendinites e bursites, na capsulite adesiva a dor ocorre com qualquer tipo de movimentação. E não apenas nos movimentos que elevam os braços acima da cabeça.

Na Capsulite Adesiva o tecido da cápsula fica mais espesso e limita a movimentação do ombro, por isso essa inflamação é chamada de ombro congelado. 

Sintomas, causas e fatores de risco

No meio médico, os estudos ainda não mostraram uma causa específica e definitiva para esse tipo de patologia. Mas, alguns fatores comuns para o surgimento desse tipo de inflamação são:

* Causas sistêmicas como diabetes, e doenças da tiróide

* Traumas com ou sem fratura

* Esforço ou carga excessiva no ombro

Além de dor progressiva e limitação na movimentação no ombro, a capsulite pode causar o bloqueio total da articulação, impossibilitando qualquer movimento do ombro. Todos esses sintomas costumam se agravar no período noturno.

Como foi dito, a causa dessa patologia não é única, mas sim um conjunto de fatores que podem predispor o surgimento da doença. E sabendo que ela não tem uma causa definida, vamos entender como funciona todas as fases da Capsulite Adesiva.

Fases da Capsulite Adesiva

Essa patologia é basicamente dividida em 3 fases. Que são: 

* Fase Inflamatória, onde a dor no ombro já pode ser de alta intensidade, mas a movimentação do ombro ainda não está limitada. Ou seja, é possível movimentar o ombro, mas ao mesmo tempo é doloroso.

Nessa fase, os sintomas se confundem com outros tipos de inflamação, como bursite e tendinite. Porém, uma grande diferença desses tipos de inflamação com a Capsulite, é que nelas a dor aumenta quando a pessoa faz um movimento elevando o braço acima de 90 graus.

Já na Capsulite Adesiva a dor é intensa mesmo quando o braço está abaixado ou sem movimento. E essa primeira fase pode durar em torno de 9 meses

* Fase do congelamento, quando a inflamação torna a cápsula mais espessa e com isso, iniciando a limitação da movimentação. Nessa fase, que pode durar em torno de 12 meses, a dor costuma ser menor do que na inflamatória, mas a movimentação fica comprometida, principalmente nos movimentos de rotação.

* Fase de descongelamento, que ocorre de forma espontânea, quando a dor diminui ainda mais e a movimentação começa ter uma melhora gradual. Essa fase pode durar de 2 a 3 anos.

Tratamentos para Capsulite Adesiva

Antes de mostrar todas as opções de tratamento para Capsulite Adesiva, vamos entender como é feito o diagnóstico. Primeiramente é realizado um exame clínico e depois de imagem. Mas, é importante dizer que o exame clínico é fundamental e o mais importante.

Os exames de imagem vão servir para descartar outros tipos de lesão. Mesmo não sendo essenciais para o diagnóstico, um raio x e um ultrassom, servirão para eliminar a possibilidade de problemas como uma artrose, lesões em tendões ou na musculatura. 

Já a ressonância, em uma fase mais avançada da inflamação, pode ser útil para identificar a gravidade da Capsulite, analisando o espessamento do tecido.

Tratamentos para fase inflamatória

Nessa fase, o maior problema é a dor, pois a movimentação ainda não está comprometida. Por isso, tratamentos com:

* Medicamentos

Analgésicos e anti-inflamatórios irão ajudar a reduzir a dor do paciente e controlar a evolução da inflamação.

* Acupuntura e agulhamento a seco

Também são bem vindas nessa fase da inflamação, pois são tratamentos que também ajudam no alívio da dor.

* Tratamento por ondas de choque

Consiste em uma energia mecânica depositada na área da lesão, a fim de estimular a formação de novos vasos sanguíneos através da liberação de células anti inflamatórias no local. Ele também pode ajudar na melhora do processo inflamatório e na liberação capsular.

Se quiser saber mais como funciona esse tipo moderno e inovador de tratamento, baixe o nosso e-book grátis.

Tratamentos para fase de congelamento

Após a fase inflamatória e com as medidas tomadas que, provavelmente diminuirão as dores do paciente, pode ser dado início a tratamentos que vão estimular a mobilidade da articulação do ombro como:

* Fisioterapia

Exercícios que vão estimular a liberação da articulação. Mas, caso o fisioterapeuta não tenha sucesso, existem algumas medidas terapêuticas, como o bloqueio anestésico do nervo que irnerva a cápsula do ombro, para aliviar mais a dor e ajudar no relaxamento capsular. Dando assim, mais poder de manipulação para o fisioterapeuta trabalhar a mobilidade no ombro do paciente.

* Cirurgia

É sempre o último caso nestas situações. O procedimento cirúrgico mais comum para Capsulite Adesiva é a artroscopia. São feitos 2 ou 3 orifícios no ombro para liberar a cápsula espessada.

Homem curado da capsulite adesiva carregando a filha acima do ombro

Conclusão

A Capsulite Adesiva é uma lesão relativamente comum. Recebo com frequência, pessoas com esse problema em meu consultório. E procuro explicar para o paciente que está lesão tem uma duração normalmente mais longa do que as suas expectativas.

É preciso ter paciência, entender que o tratamento precisa de tempo para gerar resultado. E se você sofre com algum dos sintomas citados neste artigo e quer saber se o seu problema é Capsulite Adesiva, clique no botão abaixo e agende uma consulta com um médico especialista.

Síndrome do Manguito Rotador: O que é e como tratar

Quase todas as pessoas que já se consultaram com um ortopedista, ouviram as palavras: “Síndrome do Manguito Rotador”. Todavia, muitos pacientes diagnosticados com esse problema, saem do consultório sem entender o que realmente é essa lesão, o que ela causa, como prevenir e tratar.

Se você foi diagnosticado com esse problema ou sofre de dores no ombro e desconfia que a causa pode ser a Síndrome do Manguito Rotador, leia esse artigo até o final.

Mas, antes falar tudo que envolve essa síndrome, vou explicar o que é o Manguito Rotador.

O que é Manguito Rotador

É o conjunto de tendões do ombro. SImples assim. Esse grupo é formado por quatro tendões principais: supra- espinhal, infra-espinhal, Redondo Menor e Subescapular. 

Esse grupo, junto com os músculos do braço, ajuda a estabilizar o úmero na cavidade da glenoide (ossos do ombro) durante vários movimentos esportivos, em que os braços são posicionados acima da cabeça, como esportes de arremesso, levantamento de peso, natação, e nos saques do tênis e vôlei.

Basicamente, esse grupo de tendões é responsável por toda a movimentação do seu ombro. E quando essa movimentação está comprometida, podemos estar diante da Síndrome do manguito Rotador.

O que é a Síndrome do Manguito Rotador

Conhecida também como síndrome do impacto do ombro, consiste em uma lesão na estrutura que ajuda na estabilidade do ombro. Essa inflamação pode ocorrer em um tendão ou nos quatro que compõem o Manguito rotador.

Tendões são estruturas fibrosas, pense neles como se fossem cordas que unem os músculos aos ossos. Diferente dos ligamentos que unem Ossos com Ossos.

Quando falamos em síndrome, falamos também em conjunto de sinais e sintomas que representam o surgimento de uma lesão.

Causas e Sintomas da
Síndrome do Manguito Rotador

Nos casos de Síndrome do Manguito Rotador, geralmente a pessoa se queixa de dores que podem piorar com os movimentos e no período noturno, perda de força, movimentação limitada e dificuldade de encontrar uma posição confortável para dormir.

Diversas causas podem contribuir para o surgimento desse tipo de lesão. O fator tempo é um deles, pois o avanço da idade pode causar um desgaste progressivo na articulação, que chamamos de lesão degenerativa.

A prática de atividades repetitivas seja no esporte ou no trabalho por tempo prolongado, também podem contribuir para o desenvolvimento dessa patologia, além das causas traumáticas. 

A Síndrome do manguito Rotador possui um grupo de risco que envolve pessoas como:

* Profissionais que realizam movimentos repetitivos com os braços, como pintores, carpinteiros, trabalhadores da área da construção, entre outros. 

* Pessoas acima dos 45 anos, pois como foi citado acima, o envelhecimento natural pode causar desgastes e contribuir para o desenvolvimento de lesões.

* Praticantes de atividades físicas, profissionais ou amadores, de modalidades esportivas que exigem movimentação intensa e repetitiva da articulação do ombro, como tênis, natação, basquete e volei por exemplo.

Essas são as causas e perfis mais comuns dos pacientes com esse tipo de inflamação. Se você se encaixa em alguma dessas categorias ou notou os sintomas citados, fique calmo porque vou te mostrar as opções de tratamento para cada caso.

Tipos de Tratamentos

Existe um trajeto básico para o diagnóstico exato, seguido do início de um tratamento assertivo.

No primeiro momento, o médico ortopedista vai te examinar clinicamente e a partir de algumas manobras em um exame físico, será possível identificar qual, ou quais tendões estão mais lesionados.

Após isso, é recomendada a realização de exames de imagem como: 

* Raio x para análise da parte óssea e da articulação do ombro como um todo. 

* Ressonância magnética ou ultrassom, para uma análise mais detalhada dos tendões e as estruturas musculares da articulação. 

Com essas informações em mão, será possível identificar e classificar o tipo de lesão. As lesões no manguito rotador se dividem basicamente em inflamatórias e roturas parcial ou total. Cada classe de lesão demanda um tipo de tratamento:

Tratamentos para Lesão Inflamatória

As lesões inflamatórias se resumem, basicamente, em tendinites. Os tratamentos mais indicados para essa classe de lesão são os conservadores como: 

* Fisioterapia 

* Exercícios de fortalecimento

* Agulhamento a seco

* Osteopatia

* Quiropraxia

* Acupuntura

* Tratamentos por Ondas de Choque.

O tempo de tratamento vai variar em cada caso, mas geralmente o período é de 4 a 6 meses.

Tratamentos para Lesão Parcial

A lesão parcial é como se o tendão tivesse “perdido” um pedaço da sua espessura. Imagine como uma corda que, em um certo ponto, está mais fina. Se esse rompimento for de até 50%, a lesão provavelmente também será tratada de maneira conservadora. 

Portanto, as modalidades citadas acima se aplicam nesses casos também. Mas se o rompimento for maior que 50%, uma cirurgia pode ser necessária.

Tratamentos para Lesão Total

Nos casos de rompimento total do tendão, a cirurgia é normalmente a indicação para a recuperação do tecido.

Hoje em dia existem pesquisas avançadas aqui no Brasil, com foco em regeneração tecidual. Consistem em infiltrações com fatores de crescimento para estimular a cicatrização e reconstituir lesões parciais e totais menores que um centímetro sem a necessidade de cirurgia. 

Vale ressaltar que essa modalidade ainda está em fase de pesquisa em nosso país, mas vale a curiosidade. 

O importante é buscar ajuda médica antes que o problema se agrave e torne o tratamento mais penoso para o paciente.

Buscando Ajuda Médica

A prevenção é sempre o melhor remédio e algumas práticas podem evitar o desenvolvimento da Síndrome do Manguito Rotador. Portanto, se preocupe em manter uma postura adequada, faça um aquecimento dinâmico antes das atividades físicas, tome cuidado com os movimentos repetitivos e evite elevação de carga ou atividades esportivas agressivas em excesso, sem uma preparação muscular adequada. 

A Síndrome do Manguito Rotador, é um dos principais e mais comuns tipos de patologia quando o assunto é articulação do ombro. E o diagnóstico precoce é essencial para que o tratamento seja menos invasivo possível. 

Por isso, se você sente dificuldade para trabalhar, não consegue mais praticar o seu esporte favorito ou ter uma noite de sono com qualidade, por conta de dores e falta de mobilidade no ombro, clique no botão abaixo e solicite uma avaliação com um médico especialista.

Tendinite Calcária: Como identificar e tratar

Mais comum em mulheres a partir dos 40 anos, que apresentam alguma patologia hormonal e/ou usam medicações de ação central (antidepressivos, ansiolíticos,..), a tendinite calcária é uma inflamação causada pela presença de uma calcificação no interior do tendão.

Ela pode afetar qualquer tendão do corpo, mas é mais comum nos tendões do manguito rotador (ombro). Pode afetar também homens e outras faixas de idade.

A diferença para uma tendinite normal, é que na calcária surgem pequenos cristais de cálcio no tendão. Essa calcificação pode sumir sozinha ou necessitar de tratamento para sua retirada.

A dor costuma ser de início agudo e de grande intensidade. Podendo prejudicar consideravelmente a noite de sono da pessoa, pois ela piora os sintomas no período noturno..

As atividades do dia a dia também são prejudicadas, principalmente quando é necessário  movimentos que elevam o braço acima do nível do ombro.

Mas, não desespere caso esse seja o seu diagnóstico, porque a Tendinite Calcária tem cura. Vamos ver nesse artigo as principais causas e tratamentos para esse tipo de inflamação.

Causas e Diagnóstico

Apesar de ainda não ser conhecida nenhuma causa comprovada para esse depósito de cálcio no tendão, algumas teorias surgiram tentando explicar esse fenômeno, como o desgaste por uso repetitivo da articulação e o envelhecimento natural, quando ocorrem pequenas fissuras que acabam se calcificando por insucesso das tentativas do organismo de cicatrização. Mas a causa mais aceita é a forma idiopática, ou seja, sem causa específica.

A única forma de identificar uma calcificação no tendão é através de exames de imagem.

Geralmente em uma radiografia pode-se observar uma pequena área esbranquiçada no local, mesmo que não apareça o tendão nesse tipo de exame. Uma ultrassonografia ou ressonância podem ser solicitadas pelo ortopedista para uma melhor avaliação ou para descartar outras doenças.

Estágios da Tendinite Calcária e sintomas

O depósito de cálcio no tendão, geralmente é lento e dura meses. Esse processo pode gerar uma dor fraca, como de uma tendinite leve.

Mas subitamente, como foi dito anteriormente, pode ocorrer dor forte no local da inflamação.

Primeiramente, o cálcio é formado e depositado no tendão.

Enquanto os depósitos de cálcio estão isolados, o paciente apresenta sintomas leves que podem ser confundidos com uma tendinite comum, ou até não apresentar sintoma algum.

Em um segundo momento, o cálcio depositado e isolado, é reconhecido pelo organismo como um corpo estranho. Esse fenômeno repentino não tem razão conhecida e cria uma reação inflamatória intensa reabsorvendo o cálcio do tendão.

Esse estágio, geralmente é acompanhado de dor intensa.

Outras sintomas também podem ocorrer, como rigidez, endurecimento ou fraqueza na articulação acometida.

comparação de barbotagem e astroscopia em caso de tendinite calcária

Tipos de Tratamentos

Cada caso precisa ser avaliado de forma personalizada de acordo com os sintomas e a fase de calcificação. No estágio mais doloroso, de reabsorção, existem algumas opções de tratamentos como:

* Analgésicos e anti-inflamatórios: são medicamentos que devem ser usados de forma responsável, sempre com prescrição médica.

* Infiltrações no ombro: são injeções com anestésicos, medicações analgésicas/anti inflamatórias  para o alívio imediato da dor.

* Barbotagem: é um procedimento que consiste na introdução de uma agulha até a calcificação, para aspiração do conteúdo ou estimular a absorção do corpo. Podendo ser realizada hoje em dia em ambiente ambulatorial guiada por ultrassom.

Durante a fase aguda, ou de reabsorção, a calcificação se torna pastosa tornando-a possível de ser aspirada.

* Cirurgia: em alguns casos, quando outros tipos de tratamento não surtiram efeito, não houve reabsorção dos depósitos de cálcio pelo organismo e os sintomas continuam presentes com intensidade, o tratamento cirúrgico pode ser necessário.

O principal procedimento é a artroscopia. Pequenas incisões são feitas e uma câmera é introduzida. A intenção é aspirar a calcificação que encontra-se no meio das fibras do tendão.

Pistola para o tratamento por ondas de choque  que serve para tendinite calcária

Tratamento alternativo

Quando falamos em problemas ortopédicos e diversidade de organismos, sempre notamos que uma porcentagem dos casos não obtém melhora com tratamentos tradicionais. Como a combinação de medicamentos e fisioterapia, por exemplo.

Quanto a cirurgia, sempre precisamos considerar os riscos e o tempo de recuperação para cada pessoa.

Por isso, outras alternativas podem gerar resultados melhores que as formas de tratamentos tradicionais. E sem submeter o paciente a procedimentos invasivos.

O tratamento por ondas de choque é uma opção que tem ajudado muitas pessoas a ter um alívio considerável das dores.

Além de não ser invasivo, é uma forma mais barata de tratar pacientes com problemas como a Tendinite Calcária.

Ele vai agir de duas maneiras, rompendo a calcificação, facilitando assim a absorção pelo organismo e também tratando a inflamação.

Não confunda com o “TENS”, aquele aparelho que dá “choquinhos” no local da dor. O tratamento por ondas de choque na ortopedia, não funciona com choques elétricos, mas sim com ondas de impacto.

E a boa notícia é que esse tipo de tratamento pode ser aplicado para diversos tipos de lesões e em várias áreas do corpo.

Se você foi diagnosticado com tendinite calcária, comum ou qualquer outro tipo de inflamação, entre em contato e solicite um atendimento com um ortopedista especialista em tratamentos por ondas de choque.

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Dor na Articulação do Ombro: As 5 principais causas e como tratar

Temos que ser justos em uma coisa. A dor na articulação do ombro é democrática. Ela não escolhe gênero nem idade. Talvez, depois da dor na coluna, a dor no ombro seja a queixa mais comum ouvida pelos ortopedistas.

Tanto os sedentários, quanto os esportistas, estão sujeitos a esse mal. Dores no ombro são especialmente desagradáveis, porque limitam muito o dia a dia da pessoa, dificultando a execução de tarefas simples e, muitas vezes, prejudicando noites de sono.

Por ser a articulação mais móvel do corpo, o ombro está muito suscetível a lesões. Mas, nem sempre o excesso de movimentação é a causa das dores.

Outro detalhe, é que em alguns casos, a dor no ombro não significa que o problema é nessa região. A causa pode estar em outra área, como na coluna cervical por exemplo.

É exatamente isso que vamos ver nesse artigo. Vou mostrar as principais causas de dor na articulação do ombro e como tratar:

Profissional aplicando Fisioterapia para articulação do ombro

1 – Tendinite, Bursite e Síndrome do Manguito Rotador

Essas doenças são as mais comuns que afetam o ombro. Movimentos de elevação, principalmente acima de 90 graus, executados por longos períodos, por exemplo, podem comprimir os tendões.

Essa compressão pode inflamar justamente os tendões ou a bursa, que consiste em uma pequena bolsa cheia de líquido sinovial, servindo como uma espécie de “almofada” para proteger a articulação.

Tanto a Tendinite crônica, quanto a Bursite, podem ser causadas por movimentação excessiva, traumas na região ou envelhecimento do organismo.

A inflamação pode afetar os tendões mais profundos do ombro, causando a síndrome do manguito Rotador, conhecida também como Síndrome do Impacto.

O manguito é formado por 4 músculos profundos que atuam em conjunto para movimentar e dar estabilidade ao ombro. São eles: Supra espinhal, Infra espinhal, Redondo Menor e Subescapular.

Essa síndrome ocorre quando há uma lesão nas estruturas que ajudam a estabilizar esta região. Além de dor no ombro, pode causar dificuldade ou fraqueza para levantar o braço.

Como tratar: mais indicado para essas patologias, a princípio é o repouso e medicamentos como analgésicos e anti-inflamatórios.

Dependendo da evolução do problema, em alguns casos pode ser necessário tratamentos manuais como fisioterapia, minimamente invasivos, como tratamento por ondas de choque, infiltrações, ou até mesmo cirurgia nos casos de Impacto entre os Tendões e o Acrômio, onde há necessidade de uma “raspagem” cirúrgica chamada de acromioplastia.

2 – Capsulite

Outra causa conhecida de dor na articulação do ombro, é a Capsulite adesiva, conhecida também por ombro congelado. Consiste em uma inflamação da cápsula articular que dificulta o movimento do braço, principalmente os de rotação interna e externa, por conta de uma rigidez na articulação do ombro.

A capsulite adesiva costuma atingir a pessoa entre a 4ª e 6ª década de vida. Com incidência maior sobre o ombro não dominante.  Podendo atingir os dois ombros em alguns casos.

Essa patologia não possui uma causa conhecida determinante. Mas nota-se algumas situações peculiares nos pacientes que possuem essa inflamação, como: traumas ou causas sistêmicas como a diabetes, doenças de tireoide, entre outras…

Como tratar: é recomendado para essa patologia, sessões de fisioterapia para analgesia e liberação da articulação através da mobilização articular gradual do ombro e relaxamento dos músculos da articulação. Bloqueios anestésicos guiados por ultrassom podem ser realizados e nos casos mais graves, pode ser necessária uma cirurgia para distensão da cápsula.

3 – Artrose

Embora mais comum em idosos, esse problema também pode atingir jovens adultos, principalmente atletas que utilizam a articulação do ombro em excesso. A artrose causa dor no ombro e nos casos mais avançados pode promover uma restrição de movimento da articulação.

Esses sintomas podem piorar com o passar do tempo. As causas mais comuns, são a sobrecarga, consolidação inadequada de um fratura do ombro e patologias reumatológicas.

Como tratar: geralmente o tratamento consiste em fisioterapia para analgesia e fortalecimento/equilíbrio musculotendíneo,  medicamentos analgésicos e condroprotetores para aliviar as dores. E nos casos mais evoluídos a cirurgia para colocação de uma prótese de ombro está indicada.

4-  Fraturas ou Luxações

Quase sempre as fraturas e as luxações são fáceis de se identificar, por conta da dor forte, inchaço e hematomas na pele e limitação funcional. Mas, alguma fraturas quando pequenas, provocam uma dor de baixa intensidade, sutil, que aumenta ao longo do tempo e podem impedir a movimentação do braço.

Como tratar: é preciso direcionar-se imediatamente para um hospital ou clínica, para identificar o local da fratura ou luxação e fazer a redução que é o ato de colocar a articulação no lugar e imobilizar de forma correta o braço. Para posterior indicação do melhor tratamento definitivo.

5- Tenossinovite

Essa é uma inflamação aguda da membrana que recobre o tendão. Diferente da Tendinite, onde a inflamação é no próprio tendão Essa patologia gera limitação dos movimentos, inchaço, dor e vermelhidão.

Como tratar: o mais indicado nesses casos é fisioterapia, medicações analgésicas e anti-inflamatórias e, em alguns casos, imobilização.

Jovem fazendo fortalecimento da articulação do ombro

Outras causas de dor na articulação do ombro

Vimos alguns dos problemas mais comuns que causam dores na articulação do ombro. Mas, é importante salientar que, muitas vezes, a dor no ombro é decorrente de problemas de áreas próximas, como o cotovelo e a coluna cervical.

Vale dizer também que, nem sempre dores em articulações se tratam de problemas de ordem estrutural.  

As dores no ombro podem significar deficiências em outras áreas do corpo. E ser um sinal de mal funcionamento de órgãos como coração e fígado.

Por isso, é importante procurar um médico especialista para que a origem da dor seja identificada. E o tratamento ideal aplicado.

Se você sofre com algum tipo de dor recorrente no ombro, saiba que você pode se livrar dela e voltar a ter uma vida plena, sem limitações.

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Cirurgia de ombro: Recomendações e Pós Operatório

A cirurgia no ombro é um procedimento que tem se desenvolvido muito nessa última década. Desenvolvimento esse, que é fruto do aperfeiçoamento técnico dos profissionais e  da evolução das ferramentas de diagnóstico.

A causa mais comum de dor no ombro, é quando os tendões inflamam ou se danificam. Essa condição se chama tendinite do manguito rotador.

Os fatores mais comuns que podem causar essa inflamação, são atividades profissionais ou esportivas que demandam movimentos repetitivos ou o desgaste natural por conta do envelhecimento.

No caso da Tendinite e da Bursite, a cirurgia é uma exceção. Existem diversas opções de tratamentos menos invasivos que podem gerar ótimos resultados.

Mas, existem algumas patologias onde a cirurgia é recomendada, como as fraturas, as Roturas Tendinosas dos Músculos do Manguito Rotador (conjunto de quatro músculos do ombro – Supra espinhoso, Infra espinhoso, Subescapular e Redondo Menor) e os quadros de Instabilidade do Ombro, que pode advir de várias lesões.

Nesse artigo, eu vou te mostrar 5 recomendações para o pós operatório de cirurgia de ombro.

Fisioterapia pós cirurgia de ombro

1 – Use uma Tipóia durante todo o dia

Esse acessório é indispensável no pós operatório. Ele dá suporte ao ombro anulando os efeitos da gravidade. Use-o durante o dia para reduzir a dor e para evitar movimentos que coloquem em risco o tratamento cirúrgico realizado.

Passe a alça pela nuca para que o ombro fique em uma posição confortável. Evite ao máximo tirá-la durante o dia, apenas em momentos orientados pelo seu médico. O cirurgião irá orientar por quanto tempo será necessário a utilização desta imobilização, de acordo com a lesão tratada.

2 – Tome os medicamentos recomendados.

Siga as orientações do médico quanto ao uso dos medicamentos. Seja analgésicos, anti-inflamatórios ou antibióticos, tome as dosagens adequadas de acordo com as recomendações do cirurgião.

Evite qualquer tipo de bebida alcoólica nesse período. A combinação de substâncias com os medicamentos podem acarretar em sérios riscos para a sua saúde.

Evite fumar, pois este mau hábito influencia na qualidade da cicatrização.

Coma algo quando for tomar o medicamento. Alimentos leves como frutas, torradas ou iogurte ajudam para que o estômago não fique irritado, principalmente antes de dormir.

3 – Faça a Higiene correta

Um dia após a cirurgia, lave a ferida no banho com água corrente, sabão neutro, soro fisiológico ou qualquer outro produto de preferência do seu médico. Mantenha a ferida sempre seca. A utilização de gelo por 15 a 20 minutos sobre o ombro operado pode ser realizado em caso de dor intensa. Faça um curativo com gazes e micropore. A retirada dos pontos será realizada em torno de 15 dias, de acordo com a evolução da ferida.

4 – Como dormir depois da cirurgia no ombro

Essa recomendação engloba várias outras dicas. Vale dizer que, os tópicos 1 e 2, que falaram sobre imobilização do ombro e medicamentos, são cruciais para uma boa noite de sono. Manter a articulação imobilizada e tomar os medicamentos seguindo a risca os horários, vão influenciar diretamente na qualidade da sua noite de sono.

Em caso de dor, o uso do gelo por 15 a 20 minutos sobre o ombro pode ser indicado. Mas coloque o gelo ou qualquer outro objeto frio diretamente no seu ombro, sem envolvê-los em um pano ou toalha.

Geralmente 15 minutos de contato do ombro com o gelo, é o suficiente para “anestesiar” a área.

Procure dormir em uma posição reclinada. Use almofadas para criar um apoio para as costas e inclinar um pouco o corpo, ou durma em uma poltrona confortável e reclinável, caso você tenha.

Não deite de lado em cima do ombro operado e procure deixar o braço lesionado apoiado.

Aos poucos, conforme as dores e a rigidez do ombro diminuírem, você vai conseguir adotar posições mais horizontais para dormir.

5 – Fisioterapia no pós operatório

A recuperação do ombro pode variar muito, porque depende de cada organismo e do tipo de procedimento que foi realizado.

Uma cirurgia comum, como a de reparo de lesão do manguito rotador, costuma necessitar de 4 a 6 semanas de imobilização com tipóia.

Após esse período, é necessária uma avaliação para o começo do tratamento fisioterápico.

O maior objetivo da fisioterapia, no pós operatório, é recuperar as funções daquela articulação para que o paciente recupere a mobilidade total do ombro e possa realizar todas as tarefas do dia a dia, sem limitações.

Geralmente o paciente passou 30 dias com o ombro imobilizado, portanto os movimentos estarão limitados e é normal sentir um pouco de dor, principalmente nas primeiras sessões.

Em um segundo estágio, depois da recuperação de funcionalidade, começará um trabalho de fortalecimento muscular. Nessa fase, geralmente o terceiro mês após a cirurgia, o paciente já consegue realizar todas as atividades diárias básicas, portanto, começará o trabalho de força muscular.

Esse processo mais avançado prepara o paciente para a alta, que ocorre por volta do sexto mês de pós operatório, para que ele retorne às atividades mais pesadas do dia a dia, como por exemplo a prática de algum esporte.

Mulher fortalecendo ombro após cirurgia

Tratamento Inovador

Falamos sobre alguns cuidados básicos que você deve ter após uma cirurgia no ombro. Algumas dessas dicas podem ser aplicadas também em outros casos de cirurgias ortopédicas.

Como já foi dito anteriormente, a cirurgia não é a resposta para todos os problemas, hoje em dia temos diversas opções e estágios de tratamentos em articulações. Tudo depende do tipo de problema e das necessidades do paciente.

Por isso é importante você se informar muito bem sobre as opções e o profissional que está buscando.

Hoje tenho experiência no Tratamento por Ondas de Choque. Apesar do nome, não há relação com eletricidade. É uma onda acústica de ação mecânica que atua no tecido lesionado estimulando a revascularização.

Esses novos vasos trarão células de defesa  que vão agir de forma anti inflamatória no local.

Se você sofre com dores na articulação do ombro, que te impedem de realizar as tarefas do dia a dia e atrapalha até a sua noite de sono, clique no botão abaixo e solicite uma avaliação com um especialista.

Referências:

www.sbot.org.br
http://www.sbtoc.org.br/
https://sbus.org.br/

Ombro – Rockwood Edição: 2ª
Ano: 2002
Autor: Rockwood, Matsen
Editora: Revinter

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