Entenda as causas da Artrose no Ombro e descubra como tratar

Quando falamos em artrose no ombro ou em qualquer outra articulação, muita gente logo pensa que essa, é uma doença exclusiva de pessoas mais idosas. Mas não é bem assim. Realmente o desgaste da articulação, é mais comum na terceira idade. Mas, esse tipo de patologia pode acometer pessoas mais jovens também.

Leia esse artigo até o fim, para saber como identificar o problema,  entender as causas e avaliar as opções de tratamentos. 

O que é Artrose no Ombro

Infelizmente, essa patologia pode limitar bastante a movimentação da articulação e causar dor intensa. A artrose, nada mais é, que um desgaste da articulação. Diferente da artrite, que é uma inflamação. Muita gente confunde, achando que essa duas patologias são a mesma coisa.

Apesar de serem problemas diferentes, essas duas doenças podem ocorrer ao mesmo tempo e se fundir. Esse quadro é chamado Osteoartrite. 

A artrose do ombro pode acontecer basicamente por duas causas. As primárias e as secundários.

Causa Primária da Artrose

Geralmente, a causa primária é a degeneração. Nesse tipo, a artrose é realmente considerada a doença do idoso. Pois o desgaste na cartilagem da articulação, ocorre devido o envelhecimento da pessoa. 

Com o passar dos anos, o uso constante da articulação vai causar atrito entre os ossos. Isso pode levar a incapacitação de movimento, não só pela dor, mas sim pela limitação do próprio movimento ósseo.

Causas Secundária da Artrose

Esse conjunto de causas englobam mais fatores como:

* Doenças reumatológicas como gota e artrite reumatoide

* Doenças autoimunes como lúpus 

* Distúrbios hormonais

* Traumas como fraturas mal consolidadas e cirurgias mal sucedidas

Mesmo não sendo as mais comuns, essas causas secundárias da artrose podem contribuir para o surgimento da doença em pessoas mais jovens. 

Identificar apenas pelos sintomas, se você tem artrose no ombro, não é tão simples. Isso porque, a dor é o primeiro sinal de grande parte das lesões articulares. A grande diferença da artrose, é que ela causa uma limitação intensa de movimento em um quadro mais avançado.

Evolução da Doença

Primeiramente, a artrose no ombro começa com uma lesão da cartilagem, que é um tecido resistente e flexível que protege a articulação do contato direto de osso com osso. No caso do ombro, a cartilagem reveste a glenóide, a cavidade que é o encaixe do ombro, e a cabeça do úmero, o osso do braço. 

Enquanto essa cartilagem está nova e bem hidratada, a articulação funciona perfeitamente. Mas, a partir do momento que começa o desgaste dessa região e um maior contato dos ossos, a cartilagem começa ser danificada.

Nesse quadro inicial da artrose no ombro, pode surgir a dor por conta do desgaste da cartilagem. Mas, a pessoa ainda não mostra limitação na movimentação.

Em um segundo momento, após a evolução da doença, a pessoa começa sentir um desconforto que chamamos de crepitação. São rangidos e estalos como se tivesse areia no ombro. 

E cada vez mais esse fenômeno aumenta e o paciente pode começar a notar um pouco de limitação na movimentação do ombro.

Levando em conta essa progressão da doença, o que o médico ortopedista deve fazer, é aumentar a sobrevida da cartilagem mantendo ela mais saudável e, desse modo, diminuir o avanço da artrose.

Tratamentos para Artrose no Ombro

Para aplicar a modalidade mais adequada de tratamento, o médico deve realizar uma avaliação física para checar a mobilidade e o nível de dor do paciente. 

Após isso, deve ser realizado de exames de imagem. Raio x para checar o nível de aproximação de um osso com o outro, que é mais um indício de artrose no ombro. E uma ressonância para avaliar as condições da cartilagem e graduar a lesão naquele momento.

Depois da confirmação do diagnóstico e da classificação do nível da lesão, podemos iniciar os tratamentos.

Fisioterapia

Em um primeiro momento, a fisioterapia é muito bem vinda para o alívio da dor, fortalecimento muscular e articular. Se não for observada nenhuma melhora, outros tipos de tratamento podem ajudar como:

Aplicação de Ácido Hialurônico

Que consiste em infiltrações com esse medicamento que faz parte do líquido sinovial, natural do seu corpo, que “lubrifica” a cartilagem. O Ácido Hialurônico vai agir como se fosse um “suplemento” da sua cartilagem.

Caso o quadro da artrose no ombro esteja em um grau muito avançado, e as aplicações do medicamento não ajudarem no alívio da dor e na sobrevida da articulação, a cirurgia pode ser necessária.

Cirurgia

No caso da articulação do ombro, existem diversos tipos de próteses que podem ser usadas, como uma prótese total, parcial e prótese reversa. Cada caso deve ser analisado de forma personalizada para que a melhor opção seja escolhida.

Essas próteses têm como função, basicamente, substituir toda ou apenas uma parte da sua articulação. A grosso modo, o osso é desgastado é retirado e substituído por um osso metálico. Se bem sucedida, esse tipo de cirurgia deve cessar com a dor do paciente. Já o ganho de movimento dependerá da qualidade muscular e de uma reabilitação de qualidade.  Mas sabendo de antemão que alguma limitação de movimento é aguardada pelo próprio mecanismo de funcionamento da prótese. 

Por isso, a prevenção é essencial para que o paciente não chegue ao ponto de precisar se submeter a um tratamento cirúrgico dessa magnitude.

Idosa feliz, fazendo sinal de joia com o polegar depois de fazer um tratamento para artrose no ombro

Prevenção

É importante dizer que, as articulações de carga tem mais chances de serem acometidas pela artrose, como joelho, quadril e coluna. 

Procure não sobrecarregar nenhuma articulação por longos períodos de tempo e faça exercícios, de acordo com a sua capacidade física, para fortalecer a musculatura em volta dessas articulações.

Uma alimentação balanceada também previne o surgimento de artrose. Procure um profissional da Nutrição para que uma dieta anti inflamatória seja prescrita. 

E não demore para procurar ajuda médica em caso de dor recorrente em qualquer articulação do corpo. Quanto antes o tratamento começar, melhor e mais rápido será o resultado.

Se você ficou com alguma dúvida e desconfia que pode sofrer de uma lesão em alguma articulação, solicite um contato comigo e agende uma consulta.

Capsulite Adesiva ou Ombro congelado: O que é, como identificar e tratar

A Capsulite Adesiva ou ombro congelado, é uma patologia que causa inflamação na cápsula articular do ombro, causando dor e limitação dos movimentos do ombro. Se você tem dificuldades para realizar movimentos simples como coçar as costas, pegar alguma coisa no bolso ou levar a mão até a cabeça, é possível que você sofra desse problema.

Se for esse o seu caso ou de alguém próximo a você, leia esse artigo até o final porque eu vou explicar quais os principais sintomas e como tratar esse tipo de inflamação.

O que é Capsulite Adesiva

Popularmente conhecida como ombro congelado, no meio médico essa patologia é chamada de Capsulite Adesiva. Quando ouvimos “ite” já sabemos que significa inflamação. Portanto, Capsulite é uma inflamação da Cápsula articular, que é um tecido que reveste toda a articulação do ombro. 

A dor costuma ser leve no ínicio, mas tende a piorar em poucos dias ou semanas. Diferente das Tendinites e bursites, na capsulite adesiva a dor ocorre com qualquer tipo de movimentação. E não apenas nos movimentos que elevam os braços acima da cabeça.

Na Capsulite Adesiva o tecido da cápsula fica mais espesso e limita a movimentação do ombro, por isso essa inflamação é chamada de ombro congelado. 

Sintomas, causas e fatores de risco

No meio médico, os estudos ainda não mostraram uma causa específica e definitiva para esse tipo de patologia. Mas, alguns fatores comuns para o surgimento desse tipo de inflamação são:

* Causas sistêmicas como diabetes, e doenças da tiróide

* Traumas com ou sem fratura

* Esforço ou carga excessiva no ombro

Além de dor progressiva e limitação na movimentação no ombro, a capsulite pode causar o bloqueio total da articulação, impossibilitando qualquer movimento do ombro. Todos esses sintomas costumam se agravar no período noturno.

Como foi dito, a causa dessa patologia não é única, mas sim um conjunto de fatores que podem predispor o surgimento da doença. E sabendo que ela não tem uma causa definida, vamos entender como funciona todas as fases da Capsulite Adesiva.

Fases da Capsulite Adesiva

Essa patologia é basicamente dividida em 3 fases. Que são: 

* Fase Inflamatória, onde a dor no ombro já pode ser de alta intensidade, mas a movimentação do ombro ainda não está limitada. Ou seja, é possível movimentar o ombro, mas ao mesmo tempo é doloroso.

Nessa fase, os sintomas se confundem com outros tipos de inflamação, como bursite e tendinite. Porém, uma grande diferença desses tipos de inflamação com a Capsulite, é que nelas a dor aumenta quando a pessoa faz um movimento elevando o braço acima de 90 graus.

Já na Capsulite Adesiva a dor é intensa mesmo quando o braço está abaixado ou sem movimento. E essa primeira fase pode durar em torno de 9 meses

* Fase do congelamento, quando a inflamação torna a cápsula mais espessa e com isso, iniciando a limitação da movimentação. Nessa fase, que pode durar em torno de 12 meses, a dor costuma ser menor do que na inflamatória, mas a movimentação fica comprometida, principalmente nos movimentos de rotação.

* Fase de descongelamento, que ocorre de forma espontânea, quando a dor diminui ainda mais e a movimentação começa ter uma melhora gradual. Essa fase pode durar de 2 a 3 anos.

Tratamentos para Capsulite Adesiva

Antes de mostrar todas as opções de tratamento para Capsulite Adesiva, vamos entender como é feito o diagnóstico. Primeiramente é realizado um exame clínico e depois de imagem. Mas, é importante dizer que o exame clínico é fundamental e o mais importante.

Os exames de imagem vão servir para descartar outros tipos de lesão. Mesmo não sendo essenciais para o diagnóstico, um raio x e um ultrassom, servirão para eliminar a possibilidade de problemas como uma artrose, lesões em tendões ou na musculatura. 

Já a ressonância, em uma fase mais avançada da inflamação, pode ser útil para identificar a gravidade da Capsulite, analisando o espessamento do tecido.

Tratamentos para fase inflamatória

Nessa fase, o maior problema é a dor, pois a movimentação ainda não está comprometida. Por isso, tratamentos com:

* Medicamentos

Analgésicos e anti-inflamatórios irão ajudar a reduzir a dor do paciente e controlar a evolução da inflamação.

* Acupuntura e agulhamento a seco

Também são bem vindas nessa fase da inflamação, pois são tratamentos que também ajudam no alívio da dor.

* Tratamento por ondas de choque

Consiste em uma energia mecânica depositada na área da lesão, a fim de estimular a formação de novos vasos sanguíneos através da liberação de células anti inflamatórias no local. Ele também pode ajudar na melhora do processo inflamatório e na liberação capsular.

Se quiser saber mais como funciona esse tipo moderno e inovador de tratamento, baixe o nosso e-book grátis.

Tratamentos para fase de congelamento

Após a fase inflamatória e com as medidas tomadas que, provavelmente diminuirão as dores do paciente, pode ser dado início a tratamentos que vão estimular a mobilidade da articulação do ombro como:

* Fisioterapia

Exercícios que vão estimular a liberação da articulação. Mas, caso o fisioterapeuta não tenha sucesso, existem algumas medidas terapêuticas, como o bloqueio anestésico do nervo que irnerva a cápsula do ombro, para aliviar mais a dor e ajudar no relaxamento capsular. Dando assim, mais poder de manipulação para o fisioterapeuta trabalhar a mobilidade no ombro do paciente.

* Cirurgia

É sempre o último caso nestas situações. O procedimento cirúrgico mais comum para Capsulite Adesiva é a artroscopia. São feitos 2 ou 3 orifícios no ombro para liberar a cápsula espessada.

Homem curado da capsulite adesiva carregando a filha acima do ombro

Conclusão

A Capsulite Adesiva é uma lesão relativamente comum. Recebo com frequência, pessoas com esse problema em meu consultório. E procuro explicar para o paciente que está lesão tem uma duração normalmente mais longa do que as suas expectativas.

É preciso ter paciência, entender que o tratamento precisa de tempo para gerar resultado. E se você sofre com algum dos sintomas citados neste artigo e quer saber se o seu problema é Capsulite Adesiva, clique no botão abaixo e agende uma consulta com um médico especialista.

Síndrome do Manguito Rotador: O que é e como tratar

Quase todas as pessoas que já se consultaram com um ortopedista, ouviram as palavras: “Síndrome do Manguito Rotador”. Todavia, muitos pacientes diagnosticados com esse problema, saem do consultório sem entender o que realmente é essa lesão, o que ela causa, como prevenir e tratar.

Se você foi diagnosticado com esse problema ou sofre de dores no ombro e desconfia que a causa pode ser a Síndrome do Manguito Rotador, leia esse artigo até o final.

Mas, antes falar tudo que envolve essa síndrome, vou explicar o que é o Manguito Rotador.

O que é Manguito Rotador

É o conjunto de tendões do ombro. SImples assim. Esse grupo é formado por quatro tendões principais: supra- espinhal, infra-espinhal, Redondo Menor e Subescapular. 

Esse grupo, junto com os músculos do braço, ajuda a estabilizar o úmero na cavidade da glenoide (ossos do ombro) durante vários movimentos esportivos, em que os braços são posicionados acima da cabeça, como esportes de arremesso, levantamento de peso, natação, e nos saques do tênis e vôlei.

Basicamente, esse grupo de tendões é responsável por toda a movimentação do seu ombro. E quando essa movimentação está comprometida, podemos estar diante da Síndrome do manguito Rotador.

O que é a Síndrome do Manguito Rotador

Conhecida também como síndrome do impacto do ombro, consiste em uma lesão na estrutura que ajuda na estabilidade do ombro. Essa inflamação pode ocorrer em um tendão ou nos quatro que compõem o Manguito rotador.

Tendões são estruturas fibrosas, pense neles como se fossem cordas que unem os músculos aos ossos. Diferente dos ligamentos que unem Ossos com Ossos.

Quando falamos em síndrome, falamos também em conjunto de sinais e sintomas que representam o surgimento de uma lesão.

Causas e Sintomas da
Síndrome do Manguito Rotador

Nos casos de Síndrome do Manguito Rotador, geralmente a pessoa se queixa de dores que podem piorar com os movimentos e no período noturno, perda de força, movimentação limitada e dificuldade de encontrar uma posição confortável para dormir.

Diversas causas podem contribuir para o surgimento desse tipo de lesão. O fator tempo é um deles, pois o avanço da idade pode causar um desgaste progressivo na articulação, que chamamos de lesão degenerativa.

A prática de atividades repetitivas seja no esporte ou no trabalho por tempo prolongado, também podem contribuir para o desenvolvimento dessa patologia, além das causas traumáticas. 

A Síndrome do manguito Rotador possui um grupo de risco que envolve pessoas como:

* Profissionais que realizam movimentos repetitivos com os braços, como pintores, carpinteiros, trabalhadores da área da construção, entre outros. 

* Pessoas acima dos 45 anos, pois como foi citado acima, o envelhecimento natural pode causar desgastes e contribuir para o desenvolvimento de lesões.

* Praticantes de atividades físicas, profissionais ou amadores, de modalidades esportivas que exigem movimentação intensa e repetitiva da articulação do ombro, como tênis, natação, basquete e volei por exemplo.

Essas são as causas e perfis mais comuns dos pacientes com esse tipo de inflamação. Se você se encaixa em alguma dessas categorias ou notou os sintomas citados, fique calmo porque vou te mostrar as opções de tratamento para cada caso.

Tipos de Tratamentos

Existe um trajeto básico para o diagnóstico exato, seguido do início de um tratamento assertivo.

No primeiro momento, o médico ortopedista vai te examinar clinicamente e a partir de algumas manobras em um exame físico, será possível identificar qual, ou quais tendões estão mais lesionados.

Após isso, é recomendada a realização de exames de imagem como: 

* Raio x para análise da parte óssea e da articulação do ombro como um todo. 

* Ressonância magnética ou ultrassom, para uma análise mais detalhada dos tendões e as estruturas musculares da articulação. 

Com essas informações em mão, será possível identificar e classificar o tipo de lesão. As lesões no manguito rotador se dividem basicamente em inflamatórias e roturas parcial ou total. Cada classe de lesão demanda um tipo de tratamento:

Tratamentos para Lesão Inflamatória

As lesões inflamatórias se resumem, basicamente, em tendinites. Os tratamentos mais indicados para essa classe de lesão são os conservadores como: 

* Fisioterapia 

* Exercícios de fortalecimento

* Agulhamento a seco

* Osteopatia

* Quiropraxia

* Acupuntura

* Tratamentos por Ondas de Choque.

O tempo de tratamento vai variar em cada caso, mas geralmente o período é de 4 a 6 meses.

Tratamentos para Lesão Parcial

A lesão parcial é como se o tendão tivesse “perdido” um pedaço da sua espessura. Imagine como uma corda que, em um certo ponto, está mais fina. Se esse rompimento for de até 50%, a lesão provavelmente também será tratada de maneira conservadora. 

Portanto, as modalidades citadas acima se aplicam nesses casos também. Mas se o rompimento for maior que 50%, uma cirurgia pode ser necessária.

Tratamentos para Lesão Total

Nos casos de rompimento total do tendão, a cirurgia é normalmente a indicação para a recuperação do tecido.

Hoje em dia existem pesquisas avançadas aqui no Brasil, com foco em regeneração tecidual. Consistem em infiltrações com fatores de crescimento para estimular a cicatrização e reconstituir lesões parciais e totais menores que um centímetro sem a necessidade de cirurgia. 

Vale ressaltar que essa modalidade ainda está em fase de pesquisa em nosso país, mas vale a curiosidade. 

O importante é buscar ajuda médica antes que o problema se agrave e torne o tratamento mais penoso para o paciente.

Buscando Ajuda Médica

A prevenção é sempre o melhor remédio e algumas práticas podem evitar o desenvolvimento da Síndrome do Manguito Rotador. Portanto, se preocupe em manter uma postura adequada, faça um aquecimento dinâmico antes das atividades físicas, tome cuidado com os movimentos repetitivos e evite elevação de carga ou atividades esportivas agressivas em excesso, sem uma preparação muscular adequada. 

A Síndrome do Manguito Rotador, é um dos principais e mais comuns tipos de patologia quando o assunto é articulação do ombro. E o diagnóstico precoce é essencial para que o tratamento seja menos invasivo possível. 

Por isso, se você sente dificuldade para trabalhar, não consegue mais praticar o seu esporte favorito ou ter uma noite de sono com qualidade, por conta de dores e falta de mobilidade no ombro, clique no botão abaixo e solicite uma avaliação com um médico especialista.

O que é Epicondilite, quais as causas e como tratar?

A epicondilite é uma lesão mais comum do que se imagina. Muitas pessoas sofrem com essa lesão, mas não sabem disso. Conhecida como “cotovelo de tenista” ou “cotovelo de golfista”, essa inflamação não é exclusiva dos praticantes desses dois esportes.

Ela pode acometer qualquer pessoa que realiza movimentos repetitivos com os dedos, punhos e cotovelos.

O “ite” vem de inflamação e “Epicodili” vem de epicôndilo, que é uma saliência óssea do cotovelo com formato arredondado, presente tanto na parte interna quanto na externa dessa articulação.

Aposto que você já deve ter batido essa área do cotovelo em algum lugar e sentiu como se tivesse tomado um choque no braço.

Isso ocorre por conta do nervo ulnar, que passa não face medial dessa região e se ramifica pelos músculos do antebraço e mão.

A epicondilite pode ser medial ou lateral. E nesse artigo, eu vou te explicar o que pode causar essa inflamação e quais as modalidades mais indicadas de tratamento.

Causas e Fatores de Risco da Epicondilite Medial e Lateral

A Epicondilite lateral causa dor na região do epicôndilo externo (parte de fora do cotovelo), onde se originam os tendões responsáveis pela movimento de levantar (extensão) o punho e os dedos e de girar o antebraço para fora (supinação). São eles o Extensor Radial Curto do Carpo, Extensor dos Dedos, Extensor do Dedo Mínimo, Extensor Ulnar do Carpo e o Supinador.

A inflamação destes tendões levam a dor local e quando crônica podem levar a rupturas da sua inserção. Quando ocorre na parte externa, ou seja, lado de fora do cotovelo, é classificada como lateral (cotovelo de Tenista).

Já no epicôndilo medial originam os tendões que dobram o punho e dedos, chamados de Flexores. São eles, flexor radial do carpo, flexor ulnar do carpo, palmar longo, provador redondo e flexor superficial dos dedos. 

Quando a lesão é no lado interno do cotovelo, ou seja, na região de dentro, é classificada como medial (cotovelo de golfista).

Diversos fatores podem contribuir para o surgimento dessa lesão. 

A epicondilite medial é mais comum em pessoas acima dos 45 anos, ativas, que usam repetidamente os dedos, pulso e cotovelo. Estima-se que 0,5% da população desse grupo, sofre com esse problema.

Já a epicondilite lateral acomete geralmente praticantes de esportes que envolvem arremessos. 

Após as atividades repetitivas e de sobrecarga das regiões citadas, o processo de inflamação, seguida de microrrupturas e fibrose local se instala levando a dor intensa e déficit de função.

Vale ressaltar que, musculação ou qualquer outro desporto com carga inadequada ou mecânica errada, também pode causar esse tipo de lesão.

Mas, além de dor e inchaço, o que mais a Epicondilite causa?

Jovem praticante de parkour com dor no cotovelo por causa da epicondilite

Sintomas

Os sintomas podem variar para cada pacientes, mas dentre os mais comuns, podemos citar:

* Dor no cotovelo que piora com o tempo

* Piora da dor com alguns movimentos do pulso ou dedos, como abrir uma lata, elevar um peso, torcer um pano

* Rigidez muscular e queimação

* Fraqueza

* Sensibilidade na área afetada

* Irradiação da dor para o antebraço e costas da mão

Queixas muito frequentes no consultório são:

“Não consigo torcer um pano.”

“Não consigo abrir uma lata.” 

“Os objetos caem da minha mão.”

É muito Importante salientar, que não é recomendado tratar nenhum tipo de lesão sem orientação profissional.

A avaliação de um médico especialista é essencial, pois muitas pessoas tratam epicondilite sem nem mesmo ter o problema. Baseiam-se nas buscas pelos sintomas, que podem ser semelhantes a outras tipos de inflamações. 

Somente um ortopedista pode aplicar um tratamento assertivo baseado nas peculiaridades de cada caso.

E falando em tratamento, vamos ver a seguir as opções que a ortopedia oferece para tratar Epicondilite.

Formas de Tratamento para Epicondilite Aguda

A epicondilite pode se apresentar de forma aguda ou crônica nos pacientes. Cada caso precisa ser analisado de forma personalizada para a melhor opção de tratamento ser aplicada. 

Dentre as principais modalidades de tratamentos na forma aguda da inflamação, podemos citar:

Repouso

Interromper as atividades que sobrecarregam a área afetada por tempo determinado pelo médico, baseado em exames de imagem onde será mostrada a intensidade da lesão.

Imobilização

Imobilizar por curto período a articulação para alívio da dor aguda

Fisioterapia

Realização de alongamentos e exercícios a fim de fortalecer a articulação inflamada.

Muitas vezes, o paciente sente melhora no início do tratamento e interrompe o mesmo. Essa atitude é muito prejudicial, porque uma lesão aguda mal tratada pode se tornar um problema crônico.

Mas, caso o seu quadro de epicondilite for crônico, não se desespere. Pois existem formas eficientes de tratamento.

Formas de Tratamento para Epicondilite Crônica

Na forma crônica, a continuidade da fisioterapia é essencial. Mas, podemos unir a ela tratamentos como:

Infiltrações

Consiste em injeções localizadas guiados por métodos de imagem preferencialmente, como ultrassom, para aliviar as dores. Onde o corticóide é muito utilizado por alguns colegas. Porém, esse tipo de medicação está cada vez menos comum e sendo substituído por medicamentos mais avançados como o ácido hialurônico, que promove um alívio álgico mais prolongado, sem efeito de degeneração tendinosa e com um benefício regenerativo. 

Tratamentos por Ondas de Choque

O tratamento consiste em uma onda acústica de alta energia que é depositada na área da lesão ortopédica. 

Mas fique calmo, pois apesar do nome, não tem nada haver com choque elétrico e nem com o TENS, o famoso “choquinho”, da fisioterapia.

Esse tratamento irá estimular a formação de novos vasos sanguíneos através da liberação de células anti inflamatórias e outras citocinas que estimulam a cicatrização tecidual. 

Além de irrigar e revascularizar a área lesionada, as ondas têm grande poder de alívio precoce das dores.

Esta técnica tem ajudado milhares de pessoas a retomarem as atividades do dia a dia e as práticas esportivas precocemente. 


Jovem mulher praticante de tênis recuperada da epicondilite

Epicondilite tem cura?

Tratamentos inovadores e modernos como o Tratamento por ondas de choque, podem recuperar a área lesionada com sucesso e eliminar as dores. Entretanto, a cirurgia também é uma opção dependendo da gravidade da patologia.

Vale ressaltar a importância dos exercícios de alongamentos e fortalecimento para aquelas pessoas que praticam atividades físicas ou trabalhem com tarefas que exigem movimentos repetitivos, para prevenir a Epicondilite.

Se você sofre com dores no cotovelo, que limitam as suas tarefas do dia a dia e impedem que você pratique atividades físicas, clique no botão abaixo e solicite uma avaliação com um médico especialista.

Tratamento por ondas de choque: o que é e quais são as indicações

Você tem alguma dor no ombro, joelho, cotovelo, na planta do pé, já fez de tudo, mas não consegue melhorar? Se esse é o seu caso, leia esse artigo até o final. Vou te mostrar como o tratamento por ondas de choque pode te oferecer uma melhora significativa das dores crônicas.

Quando falamos em problemas ortopédicos hoje em dia, podemos afirmar que temos diversas opções de tratamentos e ferramentas ultra modernas disponíveis. Essas novas tecnologias podem proporcionar bons resultados em termos de recuperação e resolução de problemas. O tratamento por ondas de choque é um exemplo disso.

Além de exames mais detalhados, cirurgias menos agressivas e mais eficientes, como a artroscopia que permite olhar para o interior de uma articulação, a tecnologia na ortopedia também nos trouxe opções de tratamentos alternativos e menos invasivos.

Opções essas, que permitem tratar uma patologia sem os riscos e as dores de tratamentos mais agressivos como uma cirurgia.

Neste artigo, eu vou te explicar o que é a terapia por ondas de choque e para quais casos ela é mais indicada.

O que é tratamento por ondas de choque

Muitas pessoas confundem o tratamento por ondas de choque com o TENS, aquele aparelho que dá “choquinhos” no local da dor. No entanto, o tratamento por ondas de choque na ortopedia, não funciona com choques elétricos, mas sim, com ondas de impacto.

Essa nova modalidade de tratamento, foi introduzida na medicina na primeira metade dos anos 80. Primeiramente era usada exclusivamente no combate dos cálculos renais. Conhecido popularmente por pedras nos rins.

Apenas nos anos 90, passou a ser usado em tecidos musculoesqueléticos, ainda com os mesmos aparelhos da urologia e com necessidade de internação hospitalar. Mas hoje, são utilizados aparelhos menores e com possibilidade de realizar a sessão no próprio consultório.

O tratamento por ondas de choque consiste em uma energia mecânica depositada na área de uma lesão ortopédica, a fim de estimular a formação de novos vasos sanguíneos através da liberação de células anti inflamatórias no local.

Essa modalidade de tratamento é considerada uma cirurgia não invasiva. Ideal no tratamento de dores crônicas que não obtiveram bons resultados com os tratamentos convencionais.

Dentre os inúmeros benefícios, podemos listar alguns como:

* Não invasivo

* Não precisa de anestesia

* Traz resultados mais rápidos e duradouros

* Proporciona retorno rápido às atividades do dia a dia

* Ambulatorial, não precisa de internação

Tratamento por ondas de choque e Fisioterapia

A união dessas duas modalidades de tratamento é um casamento perfeito. Como já foi dito, o tratamento por ondas de choque pode proporcionar uma recuperação mais rápida. Ele diminui o incômodo da dor consideravelmente, fazendo com que os resultados de reabilitação da fisioterapia também cheguem mais rápidos.

Nos casos onde os tratamentos tradicionais fracassam, o Tratamento por Ondas de Choque obtém uma porcentagem de sucesso de 70 a 80%.

Modelo de joelho usado para analisar possíveis tratamentos ortopédicos

Para quais casos é indicado

Esse tipo de tratamento é seguro e não possui muitas contraindicações. No entanto, não é recomendado que seja realizado sobre áreas nobres como cérebro, olhos, pulmão, grandes vasos e nervos.

Deve-se evitar também em pacientes com câncer em atividade ou em tratamento, gestantes e em usuários de marca-passo.

A terapia por ondas de choque é mais indicada para as lesões inflamatórias crônicas. Mas, pode trazer ótimos resultados também em outros casos.

As principais indicações são:

* Tendinites

* Bursites

* Epicondilite

* Fratura não consolidada

* Dores musculares – Pontos Gatilhos e Dores de Coluna

* Lesões de esporte

* Esporão de calcâneo – Fasceíte Plantar

Normalmente o tratamento por ondas de choque é realizado com 1 sessão semanal por 3 a 5 semanas. Mas essa frequência pode variar dependendo da patologia.

Na maioria dos casos, há início da melhora da dor logo após  a primeira sessão. Mas o resultado final é considerado após doze semanas de tratamento, que é o período final do estímulo celular promovido.

E você pode ficar tranquilo, porque as ondas de choque atuam apenas nos tecidos lesionados e não causam problemas em tecidos normais devido à diferença de impedância entre os tecidos lesados e saudáveis.

Porém, é importante dizer que, mesmo sendo um tratamento de poucas contraindicações, ele não é inofensivo.

Por ter o poder de ir profundo nos tecidos, é essencial que seja realizado por um profissional capacitado e treinado para evitar lesões internas.

Mulher atleta e corredora que se recuperou fazendo tratamento por ondas de choque

Quanto custa e onde posso fazer?

O tratamento por ondas de choque tem ajudado milhares de pessoas a retomarem as atividades do dia a dia e a prática de esportes.

Uma cirurgia ortopédica, em alguns casos, é necessária e também costuma ter ótimos resultados. Mas, além dos riscos, o paciente enfrentará um período de recuperação maior e praticamente irá parar a vida no pós operatório.

O custo de uma cirurgia pode ser altíssimo, mesmo se feito pelo SUS, por conta do longo período de afastamento do trabalho e os gastos com medicamentos.

Por isso, o tratamento por ondas de choque pode ser a melhor opção para você se livrar de um problema ortopédico de uma vez por todas, sem todos os percalços de uma cirurgia.

Se você quer saber mais sobre essa moderna modalidade de tratamento. Clique no botão abaixo e marque uma consulta com um profissional especialista em tratamentos por ondas de choque.

Dor na planta do pé: as duas principais lesões e como tratar

Muitas pessoas que sofrem com dor na planta do pé, deduzem de início que o problema pode ser um esporão. Porém, muitas vezes o problema pode nem estar no pé, mas sim em outra região do corpo.

Esse tipo de dor pode ser causada por diversas situações. Se você já sentiu dor na planta do pé quando acordou. Ou quando ficou muito tempo sentado e ao se levantar, sentiu aquela fisgada, a dor pode estar relacionada a uma inflamação na fáscia.

Nesse artigo, eu vou te explicar os dois tipos de lesões mais comuns, que causam dor na planta do pé e os tratamentos mais indicados.

As principais causas da dor na planta do pé

Fascite Plantar

É uma das causas mais comuns e consiste em uma inflamação na fáscia plantar. Nome dado ao tecido espesso que reveste os tendões da planta do pé, conhecida também como sola do pé.

Esse tecido ajuda na absorção de impacto, na sustentação e na formação do arco plantar. Que é aquela “curvinha” da sola do pé. Geralmente, quando o problema é esse, a dor tende a aliviar no decorrer do dia, conforme a pessoa for andando e alongando essa região do pé.

Apesar da lesão ser de diagnóstico razoavelmente fácil, o tratamento pode ser um pouco demorado. É essencial procurar um ortopedista, porque além do tratamento localizado, é preciso investigar as causas da Fascite Plantar. Pois essa lesão pode ser sinal de outras alterações como: o pisar errado e problemas na coluna lombar.

Muitas vezes, o paciente insiste tratando somente a dor localizada na planta do pé. E não consegue alcançar um resultado satisfatório na melhora do problema. O profissional de ortopedia precisa ter um raciocínio clínico amplo, porque até mesmo uma hérnia de disco baixa pode ser a causa da dor na região plantar, sendo confundida com a Fascite Plantar.

Outra região que pode ser responsável pela inflamação é a panturrilha. Por isso, é importante você alongar e fortalecer e equilibrar esta musculatura.

Esporão de Calcâneo

O nome esporão é muito popular. A maioria das pessoas que começam sofrer com dor na planta do pé, já logo imaginam que estão com um esporão. Mas, vimos acima que, mesmo sendo uma lesão conhecida, não é mais comum que a Fascite plantar e nem devem ser consideradas como sinônimos.

O calcâneo é o maior osso da estrutura óssea do pé. Por suportar todo o peso do corpo e receber impacto com regularidade, a dor no calcanhar é um motivo frequente para a procura de ajuda médica.

O esporão do calcâneo é resultado do crescimento de um pequeno segmento do osso do calcanhar, que se forma na parte de baixo ou na região posterior. Essa protuberância, quando entra em contato com a fáscia, causa dor.

As causas mais comuns, para esse crescimento anormal de uma parte do osso do calcanhar, são caminhadas ou corridas em excesso, obesidade e uso de calçados impróprios como as rasteirinhas ou sandálias.

A seguir, vamos ver os principais tipos de tratamento para esses dois tipos de lesão

Tratamentos para Fascite Plantar e Esporão de Calcâneo

Tendo o diagnóstico definido de acordo com exames clínicos e de imagem, o tratamento deve ser iniciado. Vamos ver abaixo algumas opções de tratamento:

* Fisioterapia: é o tipo de tratamento inicial. O foco será em exercícios de alongamento da planta do pé para aliviar o processo inflamatório e também exercícios de fortalecimento da musculatura intrínseca do pé.

Nesse período, é bom evitar andar descalço em superfícies duras e o uso de calçados baixos como rasteirinhas ou chinelos. O Ideal é o uso de um salto de até dois dedos, com base larga.

* Tratamento por ondas de choque: caso a melhora não seja satisfatória somente com a fisioterapia e exercícios, podemos utilizar essa modalidade de tratamento por ondas de choque. Essa é uma técnica com extrema eficácia para esses dois tipos de lesão.

Esse tratamento pode ser feito em conjunto com a fisioterapia. Porque além de tratar as lesões, ele vai agir diretamente na diminuição da dor. Serão realizadas de 3 a 5 sessões. Podendo variar de acordo do tipo de lesão e a gravidade.

Pesquisas mostram que o tratamento por ondas de choque tem 80% de bons resultados nesses casos.

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* Infiltrações e cirurgia para fascite: caso a inflamação persistir, após o tratamento por ondas de choque, existe a opção de infiltrações que costumam ser um pouco dolorosas nessa região. E também, como último recurso, o tratamento cirúrgico.

* Cirurgia para esporão: nesse tipo de lesão, a cirurgia é recomendada para os casos mais graves. E consiste na liberação da fáscia plantar e remoção do esporão.

Diagnóstico correto

O Esporão de Calcâneo é uma patologia onde a dor é pontual na região do calcâneo. Já na Fascite Plantar, a dor é normalmente em toda região plantar e pode ter origem em uma região a distância como a coluna lombar.

Este diagnóstico é clínico, associado ao Raio X e a Ressonância magnética ou ultrassom.

Como foi dito anteriormente neste artigo, o médico ortopedista precisa investigar de maneira inteligente para que a fonte do problema seja identificada e tratada. Desse modo, o tratamento será eficaz na resolução definitiva e não apenas amenizando sintomas.

Se você sofre com dor na planta do pé ou se ficou com alguma dúvida, ficarei feliz em te atender.

Tendinite Calcária: Como identificar e tratar

Mais comum em mulheres a partir dos 40 anos, que apresentam alguma patologia hormonal e/ou usam medicações de ação central (antidepressivos, ansiolíticos,..), a tendinite calcária é uma inflamação causada pela presença de uma calcificação no interior do tendão.

Ela pode afetar qualquer tendão do corpo, mas é mais comum nos tendões do manguito rotador (ombro). Pode afetar também homens e outras faixas de idade.

A diferença para uma tendinite normal, é que na calcária surgem pequenos cristais de cálcio no tendão. Essa calcificação pode sumir sozinha ou necessitar de tratamento para sua retirada.

A dor costuma ser de início agudo e de grande intensidade. Podendo prejudicar consideravelmente a noite de sono da pessoa, pois ela piora os sintomas no período noturno..

As atividades do dia a dia também são prejudicadas, principalmente quando é necessário  movimentos que elevam o braço acima do nível do ombro.

Mas, não desespere caso esse seja o seu diagnóstico, porque a Tendinite Calcária tem cura. Vamos ver nesse artigo as principais causas e tratamentos para esse tipo de inflamação.

Causas e Diagnóstico

Apesar de ainda não ser conhecida nenhuma causa comprovada para esse depósito de cálcio no tendão, algumas teorias surgiram tentando explicar esse fenômeno, como o desgaste por uso repetitivo da articulação e o envelhecimento natural, quando ocorrem pequenas fissuras que acabam se calcificando por insucesso das tentativas do organismo de cicatrização. Mas a causa mais aceita é a forma idiopática, ou seja, sem causa específica.

A única forma de identificar uma calcificação no tendão é através de exames de imagem.

Geralmente em uma radiografia pode-se observar uma pequena área esbranquiçada no local, mesmo que não apareça o tendão nesse tipo de exame. Uma ultrassonografia ou ressonância podem ser solicitadas pelo ortopedista para uma melhor avaliação ou para descartar outras doenças.

Estágios da Tendinite Calcária e sintomas

O depósito de cálcio no tendão, geralmente é lento e dura meses. Esse processo pode gerar uma dor fraca, como de uma tendinite leve.

Mas subitamente, como foi dito anteriormente, pode ocorrer dor forte no local da inflamação.

Primeiramente, o cálcio é formado e depositado no tendão.

Enquanto os depósitos de cálcio estão isolados, o paciente apresenta sintomas leves que podem ser confundidos com uma tendinite comum, ou até não apresentar sintoma algum.

Em um segundo momento, o cálcio depositado e isolado, é reconhecido pelo organismo como um corpo estranho. Esse fenômeno repentino não tem razão conhecida e cria uma reação inflamatória intensa reabsorvendo o cálcio do tendão.

Esse estágio, geralmente é acompanhado de dor intensa.

Outras sintomas também podem ocorrer, como rigidez, endurecimento ou fraqueza na articulação acometida.

comparação de barbotagem e astroscopia em caso de tendinite calcária

Tipos de Tratamentos

Cada caso precisa ser avaliado de forma personalizada de acordo com os sintomas e a fase de calcificação. No estágio mais doloroso, de reabsorção, existem algumas opções de tratamentos como:

* Analgésicos e anti-inflamatórios: são medicamentos que devem ser usados de forma responsável, sempre com prescrição médica.

* Infiltrações no ombro: são injeções com anestésicos, medicações analgésicas/anti inflamatórias  para o alívio imediato da dor.

* Barbotagem: é um procedimento que consiste na introdução de uma agulha até a calcificação, para aspiração do conteúdo ou estimular a absorção do corpo. Podendo ser realizada hoje em dia em ambiente ambulatorial guiada por ultrassom.

Durante a fase aguda, ou de reabsorção, a calcificação se torna pastosa tornando-a possível de ser aspirada.

* Cirurgia: em alguns casos, quando outros tipos de tratamento não surtiram efeito, não houve reabsorção dos depósitos de cálcio pelo organismo e os sintomas continuam presentes com intensidade, o tratamento cirúrgico pode ser necessário.

O principal procedimento é a artroscopia. Pequenas incisões são feitas e uma câmera é introduzida. A intenção é aspirar a calcificação que encontra-se no meio das fibras do tendão.

Pistola para o tratamento por ondas de choque  que serve para tendinite calcária

Tratamento alternativo

Quando falamos em problemas ortopédicos e diversidade de organismos, sempre notamos que uma porcentagem dos casos não obtém melhora com tratamentos tradicionais. Como a combinação de medicamentos e fisioterapia, por exemplo.

Quanto a cirurgia, sempre precisamos considerar os riscos e o tempo de recuperação para cada pessoa.

Por isso, outras alternativas podem gerar resultados melhores que as formas de tratamentos tradicionais. E sem submeter o paciente a procedimentos invasivos.

O tratamento por ondas de choque é uma opção que tem ajudado muitas pessoas a ter um alívio considerável das dores.

Além de não ser invasivo, é uma forma mais barata de tratar pacientes com problemas como a Tendinite Calcária.

Ele vai agir de duas maneiras, rompendo a calcificação, facilitando assim a absorção pelo organismo e também tratando a inflamação.

Não confunda com o “TENS”, aquele aparelho que dá “choquinhos” no local da dor. O tratamento por ondas de choque na ortopedia, não funciona com choques elétricos, mas sim com ondas de impacto.

E a boa notícia é que esse tipo de tratamento pode ser aplicado para diversos tipos de lesões e em várias áreas do corpo.

Se você foi diagnosticado com tendinite calcária, comum ou qualquer outro tipo de inflamação, entre em contato e solicite um atendimento com um ortopedista especialista em tratamentos por ondas de choque.

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Dor na Articulação do Ombro: As 5 principais causas e como tratar

Temos que ser justos em uma coisa. A dor na articulação do ombro é democrática. Ela não escolhe gênero nem idade. Talvez, depois da dor na coluna, a dor no ombro seja a queixa mais comum ouvida pelos ortopedistas.

Tanto os sedentários, quanto os esportistas, estão sujeitos a esse mal. Dores no ombro são especialmente desagradáveis, porque limitam muito o dia a dia da pessoa, dificultando a execução de tarefas simples e, muitas vezes, prejudicando noites de sono.

Por ser a articulação mais móvel do corpo, o ombro está muito suscetível a lesões. Mas, nem sempre o excesso de movimentação é a causa das dores.

Outro detalhe, é que em alguns casos, a dor no ombro não significa que o problema é nessa região. A causa pode estar em outra área, como na coluna cervical por exemplo.

É exatamente isso que vamos ver nesse artigo. Vou mostrar as principais causas de dor na articulação do ombro e como tratar:

Profissional aplicando Fisioterapia para articulação do ombro

1 – Tendinite, Bursite e Síndrome do Manguito Rotador

Essas doenças são as mais comuns que afetam o ombro. Movimentos de elevação, principalmente acima de 90 graus, executados por longos períodos, por exemplo, podem comprimir os tendões.

Essa compressão pode inflamar justamente os tendões ou a bursa, que consiste em uma pequena bolsa cheia de líquido sinovial, servindo como uma espécie de “almofada” para proteger a articulação.

Tanto a Tendinite crônica, quanto a Bursite, podem ser causadas por movimentação excessiva, traumas na região ou envelhecimento do organismo.

A inflamação pode afetar os tendões mais profundos do ombro, causando a síndrome do manguito Rotador, conhecida também como Síndrome do Impacto.

O manguito é formado por 4 músculos profundos que atuam em conjunto para movimentar e dar estabilidade ao ombro. São eles: Supra espinhal, Infra espinhal, Redondo Menor e Subescapular.

Essa síndrome ocorre quando há uma lesão nas estruturas que ajudam a estabilizar esta região. Além de dor no ombro, pode causar dificuldade ou fraqueza para levantar o braço.

Como tratar: mais indicado para essas patologias, a princípio é o repouso e medicamentos como analgésicos e anti-inflamatórios.

Dependendo da evolução do problema, em alguns casos pode ser necessário tratamentos manuais como fisioterapia, minimamente invasivos, como tratamento por ondas de choque, infiltrações, ou até mesmo cirurgia nos casos de Impacto entre os Tendões e o Acrômio, onde há necessidade de uma “raspagem” cirúrgica chamada de acromioplastia.

2 – Capsulite

Outra causa conhecida de dor na articulação do ombro, é a Capsulite adesiva, conhecida também por ombro congelado. Consiste em uma inflamação da cápsula articular que dificulta o movimento do braço, principalmente os de rotação interna e externa, por conta de uma rigidez na articulação do ombro.

A capsulite adesiva costuma atingir a pessoa entre a 4ª e 6ª década de vida. Com incidência maior sobre o ombro não dominante.  Podendo atingir os dois ombros em alguns casos.

Essa patologia não possui uma causa conhecida determinante. Mas nota-se algumas situações peculiares nos pacientes que possuem essa inflamação, como: traumas ou causas sistêmicas como a diabetes, doenças de tireoide, entre outras…

Como tratar: é recomendado para essa patologia, sessões de fisioterapia para analgesia e liberação da articulação através da mobilização articular gradual do ombro e relaxamento dos músculos da articulação. Bloqueios anestésicos guiados por ultrassom podem ser realizados e nos casos mais graves, pode ser necessária uma cirurgia para distensão da cápsula.

3 – Artrose

Embora mais comum em idosos, esse problema também pode atingir jovens adultos, principalmente atletas que utilizam a articulação do ombro em excesso. A artrose causa dor no ombro e nos casos mais avançados pode promover uma restrição de movimento da articulação.

Esses sintomas podem piorar com o passar do tempo. As causas mais comuns, são a sobrecarga, consolidação inadequada de um fratura do ombro e patologias reumatológicas.

Como tratar: geralmente o tratamento consiste em fisioterapia para analgesia e fortalecimento/equilíbrio musculotendíneo,  medicamentos analgésicos e condroprotetores para aliviar as dores. E nos casos mais evoluídos a cirurgia para colocação de uma prótese de ombro está indicada.

4-  Fraturas ou Luxações

Quase sempre as fraturas e as luxações são fáceis de se identificar, por conta da dor forte, inchaço e hematomas na pele e limitação funcional. Mas, alguma fraturas quando pequenas, provocam uma dor de baixa intensidade, sutil, que aumenta ao longo do tempo e podem impedir a movimentação do braço.

Como tratar: é preciso direcionar-se imediatamente para um hospital ou clínica, para identificar o local da fratura ou luxação e fazer a redução que é o ato de colocar a articulação no lugar e imobilizar de forma correta o braço. Para posterior indicação do melhor tratamento definitivo.

5- Tenossinovite

Essa é uma inflamação aguda da membrana que recobre o tendão. Diferente da Tendinite, onde a inflamação é no próprio tendão Essa patologia gera limitação dos movimentos, inchaço, dor e vermelhidão.

Como tratar: o mais indicado nesses casos é fisioterapia, medicações analgésicas e anti-inflamatórias e, em alguns casos, imobilização.

Jovem fazendo fortalecimento da articulação do ombro

Outras causas de dor na articulação do ombro

Vimos alguns dos problemas mais comuns que causam dores na articulação do ombro. Mas, é importante salientar que, muitas vezes, a dor no ombro é decorrente de problemas de áreas próximas, como o cotovelo e a coluna cervical.

Vale dizer também que, nem sempre dores em articulações se tratam de problemas de ordem estrutural.  

As dores no ombro podem significar deficiências em outras áreas do corpo. E ser um sinal de mal funcionamento de órgãos como coração e fígado.

Por isso, é importante procurar um médico especialista para que a origem da dor seja identificada. E o tratamento ideal aplicado.

Se você sofre com algum tipo de dor recorrente no ombro, saiba que você pode se livrar dela e voltar a ter uma vida plena, sem limitações.

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Cirurgia de ombro: Recomendações e Pós Operatório

A cirurgia no ombro é um procedimento que tem se desenvolvido muito nessa última década. Desenvolvimento esse, que é fruto do aperfeiçoamento técnico dos profissionais e  da evolução das ferramentas de diagnóstico.

A causa mais comum de dor no ombro, é quando os tendões inflamam ou se danificam. Essa condição se chama tendinite do manguito rotador.

Os fatores mais comuns que podem causar essa inflamação, são atividades profissionais ou esportivas que demandam movimentos repetitivos ou o desgaste natural por conta do envelhecimento.

No caso da Tendinite e da Bursite, a cirurgia é uma exceção. Existem diversas opções de tratamentos menos invasivos que podem gerar ótimos resultados.

Mas, existem algumas patologias onde a cirurgia é recomendada, como as fraturas, as Roturas Tendinosas dos Músculos do Manguito Rotador (conjunto de quatro músculos do ombro – Supra espinhoso, Infra espinhoso, Subescapular e Redondo Menor) e os quadros de Instabilidade do Ombro, que pode advir de várias lesões.

Nesse artigo, eu vou te mostrar 5 recomendações para o pós operatório de cirurgia de ombro.

Fisioterapia pós cirurgia de ombro

1 – Use uma Tipóia durante todo o dia

Esse acessório é indispensável no pós operatório. Ele dá suporte ao ombro anulando os efeitos da gravidade. Use-o durante o dia para reduzir a dor e para evitar movimentos que coloquem em risco o tratamento cirúrgico realizado.

Passe a alça pela nuca para que o ombro fique em uma posição confortável. Evite ao máximo tirá-la durante o dia, apenas em momentos orientados pelo seu médico. O cirurgião irá orientar por quanto tempo será necessário a utilização desta imobilização, de acordo com a lesão tratada.

2 – Tome os medicamentos recomendados.

Siga as orientações do médico quanto ao uso dos medicamentos. Seja analgésicos, anti-inflamatórios ou antibióticos, tome as dosagens adequadas de acordo com as recomendações do cirurgião.

Evite qualquer tipo de bebida alcoólica nesse período. A combinação de substâncias com os medicamentos podem acarretar em sérios riscos para a sua saúde.

Evite fumar, pois este mau hábito influencia na qualidade da cicatrização.

Coma algo quando for tomar o medicamento. Alimentos leves como frutas, torradas ou iogurte ajudam para que o estômago não fique irritado, principalmente antes de dormir.

3 – Faça a Higiene correta

Um dia após a cirurgia, lave a ferida no banho com água corrente, sabão neutro, soro fisiológico ou qualquer outro produto de preferência do seu médico. Mantenha a ferida sempre seca. A utilização de gelo por 15 a 20 minutos sobre o ombro operado pode ser realizado em caso de dor intensa. Faça um curativo com gazes e micropore. A retirada dos pontos será realizada em torno de 15 dias, de acordo com a evolução da ferida.

4 – Como dormir depois da cirurgia no ombro

Essa recomendação engloba várias outras dicas. Vale dizer que, os tópicos 1 e 2, que falaram sobre imobilização do ombro e medicamentos, são cruciais para uma boa noite de sono. Manter a articulação imobilizada e tomar os medicamentos seguindo a risca os horários, vão influenciar diretamente na qualidade da sua noite de sono.

Em caso de dor, o uso do gelo por 15 a 20 minutos sobre o ombro pode ser indicado. Mas coloque o gelo ou qualquer outro objeto frio diretamente no seu ombro, sem envolvê-los em um pano ou toalha.

Geralmente 15 minutos de contato do ombro com o gelo, é o suficiente para “anestesiar” a área.

Procure dormir em uma posição reclinada. Use almofadas para criar um apoio para as costas e inclinar um pouco o corpo, ou durma em uma poltrona confortável e reclinável, caso você tenha.

Não deite de lado em cima do ombro operado e procure deixar o braço lesionado apoiado.

Aos poucos, conforme as dores e a rigidez do ombro diminuírem, você vai conseguir adotar posições mais horizontais para dormir.

5 – Fisioterapia no pós operatório

A recuperação do ombro pode variar muito, porque depende de cada organismo e do tipo de procedimento que foi realizado.

Uma cirurgia comum, como a de reparo de lesão do manguito rotador, costuma necessitar de 4 a 6 semanas de imobilização com tipóia.

Após esse período, é necessária uma avaliação para o começo do tratamento fisioterápico.

O maior objetivo da fisioterapia, no pós operatório, é recuperar as funções daquela articulação para que o paciente recupere a mobilidade total do ombro e possa realizar todas as tarefas do dia a dia, sem limitações.

Geralmente o paciente passou 30 dias com o ombro imobilizado, portanto os movimentos estarão limitados e é normal sentir um pouco de dor, principalmente nas primeiras sessões.

Em um segundo estágio, depois da recuperação de funcionalidade, começará um trabalho de fortalecimento muscular. Nessa fase, geralmente o terceiro mês após a cirurgia, o paciente já consegue realizar todas as atividades diárias básicas, portanto, começará o trabalho de força muscular.

Esse processo mais avançado prepara o paciente para a alta, que ocorre por volta do sexto mês de pós operatório, para que ele retorne às atividades mais pesadas do dia a dia, como por exemplo a prática de algum esporte.

Mulher fortalecendo ombro após cirurgia

Tratamento Inovador

Falamos sobre alguns cuidados básicos que você deve ter após uma cirurgia no ombro. Algumas dessas dicas podem ser aplicadas também em outros casos de cirurgias ortopédicas.

Como já foi dito anteriormente, a cirurgia não é a resposta para todos os problemas, hoje em dia temos diversas opções e estágios de tratamentos em articulações. Tudo depende do tipo de problema e das necessidades do paciente.

Por isso é importante você se informar muito bem sobre as opções e o profissional que está buscando.

Hoje tenho experiência no Tratamento por Ondas de Choque. Apesar do nome, não há relação com eletricidade. É uma onda acústica de ação mecânica que atua no tecido lesionado estimulando a revascularização.

Esses novos vasos trarão células de defesa  que vão agir de forma anti inflamatória no local.

Se você sofre com dores na articulação do ombro, que te impedem de realizar as tarefas do dia a dia e atrapalha até a sua noite de sono, clique no botão abaixo e solicite uma avaliação com um especialista.

Referências:

www.sbot.org.br
http://www.sbtoc.org.br/
https://sbus.org.br/

Ombro – Rockwood Edição: 2ª
Ano: 2002
Autor: Rockwood, Matsen
Editora: Revinter

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